segunda-feira, 18 de maio de 2009

Top 100 tem projeção de negócios acima de R$ 3 milhões

Balanço da Rodada de Negócios entre as unidades de artesanato premiadas pelo Sebrae e grandes empresários, no Rio de Janeiro, supera expectativas

Jorge Eduardo Antunes da Silva, sócio-fundador do Mundo Verde, com agente de mercado de Mato Grosso do Sul, Eriberto Moreira, na Rodada de Negócios do Top 100

Os pedidos formalizados pelas empresas e os contatos para negócios futuros foram muito além do esperado na Rodada de Negócios do Prêmio Sebrae Top 100 de Artesanato, realizada na semana passada no Rio de Janeiro. As negociações dos premiados da segunda edição do Top 100 com empresas compradoras de todo o País geraram expectativas de negócios de cerca de R$ 3,3 milhões. Ao todo, 73 empresas se cadastraram para participar da Rodada, que aconteceu na quinta (14) e na sexta-feira (15) no Píer Mauá no Rio de Janeiro.

O interesse demonstrado na produção apresentada pelos diferentes estados fez com o que o empresário Jorge Eduardo Antunes da Silva montasse uma força-tarefa com seus funcionários para que nenhum estande das cem unidades produtivas do País deixasse de ser visitado.

Sócio-fundador do Mundo Verde, maior rede de lojas franqueadas de produtos naturais da América Latina, com 116 lojas em 16 estados e presente em Portugal, Eduardo Antunes destaca o valor das peças originais apresentadas por artesãos de todo o País.

O que vi aqui tem tudo a ver com a essência do Mundo Verde. O nosso cliente busca um diferencial, gosta dos princípios do Comércio Justo e se interessa por peças bonitas, bem acabadas e com preços acessíveis. Já visitei muitas dessas unidades, mas nessa Rodada tive a chance de conhecer a seleção das melhores de todo o País. Fiz muitas encomendas para a empresa e espero aumentar ainda mais os negócios com estes artesãos, avaliou.

Entrar em contato com um grande comprador foi um dos melhores resultados para a artesã Claudia Castelão. Com suas flores delicadas, produzidas a partir de lâminas de madeira, ela despertou o interesse da Tok & Sotk, uma das grandes redes de decoração do País.

As representantes da empresa vieram aqui e nem acreditei quando elas me acenaram com a proposta de desenvolver uma linha exclusiva. Nossa, fiquei feliz demais. Também estou muito animada porque nestes dois dias fechei contratos que superam a minha produção mensal de 1.400 peças, comemora Claudia Castelão.

O diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, que visitou os artesãos em seus estandes, disse que o artesanato ganha cada vez mais importância em contraponto aos produtos feitos em série.

Estamos passando por um momento de transição, em que objetos que remetem ao local tendem a ser mais valorizados. Em um mundo cada vez mais globalizado, pasteurizado e massificado, a produção tradicional deixa de ser exótica para ganhar um diferencial. Esta é a grande chance do artesanato, e temos o papel extraordinário de impulsionar este nicho de mercado, avaliou o diretor.

Pesquisa

O balanço final da Rodada também inclui uma pesquisa para avaliar se o resultado correspondeu às expectativa entre ofertantes e demandantes. Os percentuais mostraram que 86% avaliaram o evento como ótimo e 14% como bom. O volume de negócios também superou a Rodada passada, que registrou cerca de R$ 2 milhões.

A coordenadora nacional de Artesanato do Sebrae, Durcelice Mascêne, avalia que o interesse dos compradores para os produtos do Top 100 tem sido crescente e nesta edição foi registrado maior presença de grandes empresas. Para os artesãos, além de fechar negócios, esses contatos representam outro aspecto importante. Em contato com os lojistas, eles têm retorno do que produzem e sabem como isso é percebido pelo mercado, recebendo sugestões de cores ou detalhes para aumentar a funcionalidade dos objetos. O conhecimento é enorme.

Agência Sebrae de Notícias

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