sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Governo se compromete a criar grupo de trabalho pela inovação

O governo vai montar um grupo executivo para melhorar os instrumentos de apoio à inovação e, com isso, ajudar as empresas privadas a aumentar os investimentos em pesquisa e desenvolvimento. A informação foi dada em 23 de outubro pelo presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, e pelo secretário-executivo do Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT), Luiz Antônio Elias, em Brasília, após reunião de empresários com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

O grupo executivo será ligado aos ministérios envolvidos com a inovação e também às associações empresariais que representam os diversos setores industriais. A meta é dobrar, em quatro anos, o número de empresas que investem em inovação no Brasil. Hoje são cerca de 30 mil empresas. Industriais e governo concordaram no objetivo de inserir na agenda da inovação outras 30 mil empresas, de todos os portes, até o final de 2013.

“O presidente Lula valorizou a iniciativa do setor empresarial, que tem uma responsabilidade muito grande na agenda da inovação. Mas, ao mesmo tempo, todos compreendem que é necessária uma aliança mais estreita entre o governo e o setor privado para impulsionar essa agenda”, afirmou Monteiro Neto, que liderou uma comitiva de cerca de 30 líderes industriais para a audiência com o presidente Lula. Os empresários entregaram ao presidente um plano de ação para atingir essa meta.

“O governo já tem um conjunto de instrumentos de apoio à inovação. O que temos de fazer é uma ação articulada e transversal para melhorar esses recursos e ter uma gestão mais eficaz”, disse Elias, do MCT. “Outra coisa que o governo pode fazer é usar seu poder de compra para incentivar a inovação”, acrescentou o secretário-executivo.

Os empresários reconhecem que há muito a fazer para disseminar a cultura inovadora em todo o tecido empresarial. “O que há hoje é que as pequenas e médias empresas não estão realmente engajadas nesse processo. A Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) pretende engajar as empresas e adequar os instrumentos, no que o papel do governo é fundamental”, avaliou Monteiro Neto.

O presidente da CNI disse ainda que, se o Brasil não investir maciçamente em inovação, ficará para trás. “O País, e especialmente a indústria brasileira, enfrentará muitas dificuldades nesse novo cenário, marcado por um grande acirramento da competição internacional”, finalizou.

A audiência com Lula teve a participação da presidente da Anpei, Maria Angela do Rêgo Barros e de empresas associadas à entidade. Uma das maiores entusiastas e apoiadoras do MEI, a Anpei participou ativamente das reuniões e eventos preparatórios do Movimento que culminou na audiência com o presidente Lula. “Ficamos muito contentes de ver o presidente abraçando a causa do Movimento. Finalmente a inovação está sendo tratada como o motor de desenvolvimento econômico e social do País”, avalia Maria Angela.

(Fonte: Agência CNI)

Brasil deve duplicar número de empresas inovadoras em quatro anos

O presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Rodrigo da Rocha Loures, coordenou a comitiva de empresários que apresentou em 23 de outubro ao presidente Lula um plano de ação para a agenda da inovação no Brasil. O plano tem como meta dobrar o número de empresas inovadoras brasileiras nos próximos quatro anos, saltando de 30 mil para 60 mil empresas, fortalecendo a Iniciativa Nacional pela Inovação (INI) e envolvendo o setor público e a iniciativa privada.

Durante a audiência, Rocha Loures fez ao presidente Lula a explanação dos argumentos da indústria em favor do movimento pela inovação: “É preciso educar e inovar na sustentabilidade”, afirmou o empresário, que é o coordenador nacional do Movimento Empresarial pela Inovação (MEI), lançado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O presidente Lula se comprometeu a criar um grupo de trabalho para debater a questão da inovação e determinou que este grupo interaja diretamente com o MEI, efetivando a parceria público-privada para investimentos em inovação. “No Brasil, a inovação é o único caminho para podermos construir uma sociedade sustentável. O País todo precisa ser inovador, pelo imperativo de se buscar o bem-estar de todos”, afirmou Rocha Loures.

De acordo com o plano apresentado, a INI deverá ter uma estrutura com ações específicas de cooperação, articulação, mobilização, capacitação e comunicação, com metas e responsabilidades individuais. Os empresários esperam que o movimento funcione nos mesmos moldes do Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade (PBQP), criado em 1990 para auxiliar as empresas a melhorar os padrões de qualidade de produtos e serviços e aumentar a competitividade internacional. Pela meta estabelecida no plano, até 2013 o Brasil deve ter 7,5 mil novas empresas iniciando a gestão da inovação anualmente.

Os empresários também entregaram ao presidente Lula o manifesto “Inovação: a Construção do Futuro”, lançado há 60 dias no 3º Congresso Brasileiro de Inovação na Indústria. O documento prevê um intenso trabalho conjunto entre iniciativa privada e poder público em prol da inovação.

(Fonte: Fiep)

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Empreendedorismo inovador: sinônimo de futuro

O Movimento de parques tecnológicos e incubadoras de empresas atinge objetivos consideráveis e se mostra como uma das vertentes que podem garantir o crescimento de países em desenvolvimento como o Brasil. A realização conjunta do Global Forum e do Seminário Nacional promete tornar o país o centro das discussões mundiais sobre empreendedorismo inovador para o desenvolvimento.


Quando o professor Lynaldo Cavalcanti de Albuquerque assumiu o comando do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em meados da década de 1980, não havia incubadoras ou parques tecnológicos no Brasil. “Era um fenômeno que já era observado na Europa e nos Estados Unidos, então começamos a pensar em algo similar”, relembra. Albuquerque, que hoje é reconhecido como precursor do movimento brasileiro de empreendedorismo inovador, comandou a criação de fundações tecnológicas pioneiras: em Campina Grande (PB), Manaus (AM), São Carlos (SP), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC). Uma das primeiras incubadoras do Brasil foi a da ParqTec - Fundação Parque de Alta Tecnologia de São Carlos, que começou a funcionar em dezembro de 1984. “Era um dos lugares com mais capacidade na época, além de possuir uma equipe extremamente receptiva”, detalha. De lá para cá, a meta de criar um parque para cada região brasileira, além de núcleos de incubadoras de empresas que pudessem estimular esse processo, foi atingida. Hoje, o País conta com mais de 400 incubadoras de empresas, cerca de 7 mil empresas incubadas e graduadas, que faturam R$ 2 bilhões ao ano, segundo dados de 2007 da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec). O constante crescimento e desenvolvimento da inovação pode realmente representar o retorno da perspectiva otimista de que “o Brasil é o país do futuro”.

A consolidação do movimento de empreendedorismo inovador também foi marcada pela criação da Anprotec e do Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras em 1987. Para o presidente da Anprotec, Ary Plonski, o Seminário de 2009 será um marco de comemoração desses 25 anos de políticas públicas em prol do empreendedorismo inovador no Brasil. “O evento é produto da parceria com o Sebrae e do apoio de numerosas instituições. Este ano está ainda mais engrandecido pela conjugação com o infoDev Fórum Global e marca a consolidação do Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e aos Parques Tecnológicos, iniciativa pluri-institucional liderada pelo MCT (Ministério da Ciência e Tecnologia)”, comenta.

Mas o que define o sucesso de uma incubadora ou parque tecnológico? Para Albuquerque, a resposta é simples: vocação. A implementação ideal provou ser muito bem-sucedida naqueles locais onde, anteriormente, já tinham desenvolvimento de pesquisa ou alta atividade empreendedora. “A presença de incubadoras e de parques tecnológicos foi, e ainda é, extremamente eficiente para o desenvolvimento econômico e tecnológico de diversas regiões do país”, comenta.

Após mais de 20 anos, o profissional comemora o fato de o Brasil ter conseguido desenvolver entidades que cuidam do setor e fomentam o desenvolvimento da atividade. “Hoje, o programa que inicialmente necessitou de uma ação indutora do CNPq, basicamente bancando com recursos próprios, conta com o apoio geral de diversas instâncias”, conclui.

Semente de inovação

Palco do Seminário deste ano, Santa Catarina está entre os estados brasileiros que mais evoluíram no cenário do empreendedorismo inovador. Segundo Carlos Eduardo Negrão Bizzotto, presidente do Instituto Gene Blumenau e líder temático da Anprotec, o movimento cresce fortemente no Estado desde o início da década de 1990. “Com exceção do Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (Celta), que foi a primeira incubadora instalada em uma capital brasileira, em 1985 (com o nome de IET), todas as demais surgiram a partir de 1993″, explica. O diretor da Anprotec explica que a realização do evento em Santa Catarina é o reconhecimento de um dos estados que mais se empenham em apoiar empreendimentos inovadores. “Em decorrência, é um dos locais que mais colhe resultados. Florianópolis é emblemática: o segmento de empresas de TI, fruto das incubadoras e do parque tecnológico ali instalados, despontou há alguns anos com o principal componente do PIB dessa bela cidade, suplantando a contribuição do turismo, atividade econômica pela qual é notória”, conclui.

A região tem uma particularidade, pois possui um crescimento descentralizado, o que viabiliza o aparecimento de vários núcleos simultâneos de pesquisa e desenvolvimento. “Como nenhuma cidade possui mais de 600 mil habitantes e a capital não é a mais populosa, as iniciativas ocorreram em paralelo, o que permitiu uma amplificação das ações e dos resultados”, detalha Bizzotto.

Hoje, o Estado conta com 21 incubadoras, que abrigam 137 empresas e geram 1,4 mil empregos diretos. O faturamento das incubadas é de aproximadamente R$ 70 milhões. Há, ainda, 19 projetos em andamento, sendo que alguns deles já receberam aportes do Governo do Estado e devem operar nos próximos anos.

De acordo com Tony Chierghini, diretor do Celta e presidente da Rede Catarinense de Incubadoras, o forte sucesso da incubadora que ele dirige é um dos fatores que influenciou a ascensão do movimento na região. “Os outros municípios e regiões viram que também poderiam ter esse benefício tecnológico e o consequente desenvolvimento econômico”, comenta. O Estado se beneficia do boom do movimento de diversas maneiras: geração de empregos, aumento da arrecadação de impostos e movimentação econômica. “Em Florianópolis, onde a economia era baseada apenas no turismo, hoje o foco está mudando para tecnologia. Ou seja, está sendo desenvolvida uma nova fonte de recursos para o município”, exemplifica.

Evolução em cinco tempos

Bizzotto comenta que essa evolução teve basicamente cinco ciclos. O primeiro foi o programa Softex, que viabilizou a criação de três núcleos no Estado: Blusoft, em Blumenau; Softville, em Joinville e Softpólis, em Florianópolis. “A partir desse momento, a geração de empreendimentos inovadores tomou um grande impulso”, detalha.

Depois, iniciou-se o programa Softstart, criado pelo Softex, com apoio do CNPq, gerando o Gene-Blumenau, o Gene-Joinville e o Geness, em Florianópolis. “Passou a haver grande foco em empreendimentos inovadores provenientes das universidades, o que garante dinamismo significativo ao movimento catarinense”. Já o terceiro ciclo contou com o apoio do Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas (SEBRAE), que viabilizou a criação do MIDI-Tecnológico, em Florianópolis. “A entidade também apoiou o desenvolvimento das incubadoras que já existiam, tornando-as mais fortes e geradoras de resultados mais significativos”, comenta.

Posteriormente, o Estado obteve apoio da Fundação de Apoio a Pesquisa do Estado de Santa Catarina (Fapesc), que fortaleceu ainda mais as incubadoras, reforçando a geração de empreendimentos inovadores a partir de pesquisas nas universidades. O último e mais recente ciclo, inclui a adesão das prefeituras. “Toda esta evolução foi possível em função da existência características importantes: descentralização, competência técnica e governança”, conclui Bizzotto. Já pensando no futuro, Chierghini aponta que a meta é conseguir desenvolver uma incubadora em cada mesorregião. Por ser a sede do Seminário em 2009, Santa Catarina pode se beneficiar ainda mais. “Será a vitrine da inovação para o mundo todo. O Estado mostrará seu potencial em diversas áreas, da inovação ao turismo, passando por gastronomia, pois se espera que mais de mil pessoas de, aproximadamente, setenta países visitem o evento”, garante.



Fonte: 3º infoDev Fórum Global de Inovação & Empreendedorismo e ao XIX Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas
Florianópolis, Santa Catarina, Brasil
26 a 30 de outubro de 2009

Chamada pública apóia projetos direcionados aos espaços científicos-culturais

O MCT, lançou, em parceria com o CNPq e diversas FAPs, o edital nº 64/2009, voltado para a seleção de propostas que priorizem os espaços científicos-culturais, como centros e museus de ciência e tecnologia, planetários, jardins zoobotânicos e instituições similares. As inscrições estão abertas até o dia 5 de dezembro.

O objetivo é promover a expansão e a melhoria das ações daqueles espaços, tendo como finalidade aprimorar a difusão e popularização da cultura científico-tecnológica junto à sociedade brasileira e contribuir para a melhoria da qualidade do ensino das ciências.

As propostas aprovadas serão financiadas com recursos da ordem de R$ 16,3 milhões, dos quais R$ 7 milhões são provenientes da Ação Transversal do FNDCT/Fundos Setoriais, e R$ 9,3 milhões das 21 fundações de amparo a pesquisa parceiras.

Entre as linhas temáticas estão o desenvolvimento de projetos de divulgação científica, naqueles espaços, que favoreçam e promovam a interação entre ciência, cultura e artes, além da promoção de programas de capacitação de profissionais, mediadores, monitores, técnicos e auxiliares, por meio de cursos, estágios, visitas técnicas no país para atuarem nos espaços científico-culturais.

O proponente pode ser pesquisador, professor ou especialista vinculado a instituição de pesquisa, museu e centro de C&T, planetário, jardim zoobotânico, parque da ciência e outros espaços científico-culturais, empresas públicas que executem atividades de pesquisa em ciência, tecnologia ou inovação e de popularização da C&T, todas sem fins lucrativos.

A íntegra do edital está disponível neste link.

PRÊMIO WHIRLPOOL INOVA 2009/2010

Para incentivar o reconhecimento de ações inovadoras, capazes de reinventar o futuro, a Whirlpool Latin America lançou a 3ª edição do Prêmio Whirlpool Inova. A iniciativa é direcionada a professores e alunos de todo o País, com graduação e pós-graduação stricto sensu nas áreas de design e engenharia (todas as modalidades). As inscrições permanecem abertas até dia 30 de outubro.

Os dois primeiros colocados em cada categoria receberão o prêmio em dinheiro, os orientadores dos primeiros colocados ganharão uma bolsa de mestrado e a universidade que tiver um grupo de estudantes na primeira ou segunda colocação receberá R$20 mil ou R$ 10 mil, respectivamente, para investimento em seus laboratórios. Serão distribuídos, ao todo, mais de R$ 135 mil em prêmios, entre dinheiro, bolsas de estudo e produtos, valor 2,5 vezes superior ao da edição anterior.

Para participar: www.premioinova.com.br

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Incubadora lança nova rede na internet


Para Thiago Lavor, formado desde junho do ano passado em Gestão Empresarial, a incubadora da Universidade Veiga de Almeida (UVA) tem sido o suporte de sua vida profissional, já que foi lá que o seu projeto, o Eureka, ganhou forma e vida.

"A incubadora me ajudou a estruturar o meu plano de negócios, a focar meus objetivos e direcionar os recursos para conseguir alcançá-los", resume Thiago.


O Eureka será uma rede de colaboração, no moldes das redes sociais hoje disponíveis na internet, como orkut, tweeter, myspace, que vai aproximar a mão-de-obra do interessado no serviço.

No site, um comerciante de pequeno porte poderá inscrever seu negócio e conseguir, por exemplo, a re-estruturação de sua imagem, uma logomarca profissional e ajuda com os mecanismos de marketing, que é oferecida por estudantes, recém-formados e profissinais da área.

"O Eureka vai também desenvolver a relação das universidades com a vizinhança, aproximando os problemas das micro e pequenas empresas ao seu redor. Ao invés de estudar um case teórico de administração, por exemplo, o professor poderá estudar um case prático, da localidade", esclarece Lavor.

Além disso, o portal vai proporcionar visibilidade aos profissionais, que terão um portfolio online. A expectativa é que, através do histórico de trabalhos deles, as empresas utilizem o mecanismo para encontrar mão-de-obra para todo tipo de serviço.

"O site vai funcionar como uma rede social captadora de projetos, que permita ligar necessidades individuais a profissionais específicos", diz o empreendedor, adiantando que a página eletrônica vai estar no ar a partir da primeira quinzena de novembro, com o endereço www.projetoeureka.com.br.

O Fluminense 25 10 2009

O Fluminense

domingo, 25 de outubro de 2009

Projeto Eureka

Estamos chegando na reta final....

Pre cadastro já esta no ar: http://www.projetoeureka.com.br/

Não deixe de se cadastra

estamos no Jornal o Fluminense.... amanha a notícia vai para ar

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Quando os governos se tornam hackers

Qua, 21 Out, 02h31

Quando os governos se tornam hackers

Por Ana Freitas

São Paulo (AE) - Linus Torvalds, o criador do Linux, é considerado um dos maiores hackers de todos os tempos. É que, ao contrário do que se pensa, o hacker não é aquele programador mal-intencionado, que rouba senhas de banco ou cria vírus. Na origem, o termo designa o desenvolvedor que cria um software e abre seu código para o mundo. Demorou alguns anos, mas os governos ao redor do mundo estão, eles mesmo, se tornando hackers, disponibilizando bancos de dados para programadores interessados em criar sistemas que usem essas informações.



Agora, desenvolvedores, comunicadores e cientistas sociais estão usando aplicativos de web 2.0 com API aberta, como o Flickr e o Google Maps, para cruzar com dados governamentais e dispor outro olhar sobre o que outrora era só uma lista de números sem sentido. Crowdsourcing é como é chamado esse modelo de construção de ferramentas, que usa inteligência e mão-de-obra coletiva para encontrar soluções para problemas e criar novas tecnologias.

Esse movimento de cidadania 2.0 pode criar sistemas úteis para análise de dados de interesse público, como o tr3e, que compara em um mapa três modelos de metodologia de coleta de dados de desmatamento do INPE. "Eu ficava confuso quando via os números, todos diferentes entre si, então tive essa ideia", disse Thiago Carrapatoso, o idealizador do projeto. O tr3e só pode ganhar vida depois que Carrapatoso conheceu dois programadores que gostaram da ideia no Transparência Hack Day, um dos eventos que reúnem ideias e idealizadores.

No Brasil, esse processo está engatilhando. Recentemente, o governo federal convocou programadores interessados a investigar se é possível fraudar as eleições por meio de manipulação do sistema das urnas eletrônicas. Além disso, o Governo do Estado de São Paulo está desenvolvendo um projeto chamado de Governo Aberto, que tem por objetivo disponibilizar bases de dados e indicar aplicativos feitos com essas bases pelos programadores.

Google Wave a plataforma que vai revolucionar nossa comunicação


Escrito por Marcel de Lima - http://www.papodeempreendedor.com.br
A ferramenta mais interessante apresentada no Google Searchology 2009, evento feito pela empresa em maio passado, foi o Wave, uma nova plataforma de comunicação instantânea que promete revolucionar o jeito de se comunicar na web.

O que essa plataforma tem de novo? O Google Wave é como se fosse uma mistura de e-mail e um programa de mensagem instantânea. Vamos lá: imagine que você quer fazer uma viagem com alguns amigos para o Havaí. Então você abre a plataforma, que tem o formato parecido com a caixa de entrada de seu e-mail, e no corpo do e-mail você adiciona seus amigos e começa uma conversa, visualizando em tempo real o que seus amigos estão digitando. Aí, dúvidas começam a surgir sobre o local, então você adiciona fotos, vídeos e mapas, tudo isso em tempo real. Ainda assim ficam algumas dúvidas e você lembra que em sua última viagem para a Califórnia conheceu Keana, uma havaiana que, por sorte, está on-line. Mas o problema é que alguns dos seus colegas não falam inglês. Isso não é problema para o Wave. Tudo o que você e seus amigos digitarem em português aparecerá em inglês para ela e o que ela digitar vocês vão enxergar em português.

Mas o que o Google Wave pode mudar em nossos negócios e vidas? Para nós, jornalistas, muito. Por exemplo, eu poderia fazer esse texto com a editora da revista. Ela iria fazer as modificações necessárias, iríamos escolher as fotos ou vídeos para acompanhar o post e, além disso, ao terminar poderíamos enviar direto do Google Waves para o Facebook, Twitter e para o Blog em uma única ação.
E para os negócios? Você poderá fazer reuniões de onde estiver, fará apresentações para pessoas em diferentes lugares, poderá trocar arquivos e criar documentos junto com seus parceiros comerciais. Imagine quem tem uma pousada em Paraty, fazendo reservas para hóspedes do mundo inteiro, mostrando fotos e mapas da cidade.

Por enquanto, a Google enviou o acesso do Beta para poucas pessoas, mas prometem a plataforma pronta até o fim do ano. Assista o vídeo de apresentação em http://wave.google.com

domingo, 18 de outubro de 2009

4 Apostila Receita para um bom release

Para que o seu release seja aproveitado é necessário que as informaçoes sejam corretas e quantos menos trabalho der a um jornalista, maior é a chance de ele ser aproveitado.


A maioria dos releases costuma ser produzida como se fosse um folheto de vendas, isso não funciona no relacionamento com a imprensa.




Um bom relacionamento com a imprensa requer algo mais do que simplesmente mandar e-mail ou telefonar para o jornalista. É preciso respeitar o horário do fechamento de pauta na redação. Entender que o jornalista tem pressa porque precisa fechar ínúmeras matérias diariamente.

O emitente da informação deve ser uma fonte sobre sua área da atuação, e não apenas sobre a empresa para qual presta assessoria.





O release padrão
Todo release deve ter sempre data, partindo-se do pressuposto de que a informação nele contida é notícia. É preciso dar ao editor a sensação de urgência e de que a informação é atual. É aconselhável também escrever em espaço duplo, para que o destinatário possa fazer anotações ou alterações. Um release deve ter no máximo duas páginas. Isso geralmente é o bastante para apresentar a informação para urna pequena nota e o suficiente para estimular a curiosidade do editor, que vai procurar mais detalhes


Colocar ou não o logotipo da empresa
É recomendável usar sempre logotipo da empresa assessorada, pois a marca dela deve prevalecer. A assessoria não pode ter mais destaque que a empresa que ela ajuda a divulgar.

Ao enviar o release por e-mail é melhor encaminhar o arquivo aberto.



Contato com os jornalistas
O profissional encarregado de atender à imprensa deve estar bem informado sobre a empresa e o produto ou serviço oferecido.
O nome dessa pessoa e seu número de telefone devem constar no final do release. Ela tem de conhecer absolutamente tudo para não truncar a comunicação com o jornalista. É importante que todos os que forem mencionados no release estejam autorizados e aptos a responder perguntas.

A notícia
O título da notícia, deve transmitir novidade. Não deve enaltecer a realização da empresa. O texto de um release deve ser notícia do ponto de vista da publicação à qual ele se destina, além de dar ao editor um estímulo para prosseguir a leitura. O jornalista que recebe o texto precisa achar que aquela informação vai ser Importante para o leitor. Faça um título curto e use um verbo de ação positiva que obrigue o editor a continuar a leitura para saber do que se trata. A palavra "novo" é a essência de qualquer notícia.

Destaque as vantagens
As vantagens oferecidas por um produto ou serviço são mais importantes do que suas características. É importante mostrar os benefícios que o novo produto vai trazer para os leitores da revista ou do jornal nas quais se pretende que a informação seja veiculada. Isso, sim, é noticia.

Precisão
Pode parecer óbvio, mas nunca libere um texto para a imprensa sem ter absoluta certeza de que as informações são precisas.

Objetividade

Mantenha-se no ponto principal de sua notícia. É Impossível abranger o mundo inteiro em um release. Tente não repetir demais o nome de sua empresa o de seu produto. Se a reportagem for feita, a empresa será citada - ela, afinal, é a fonte da notícia.

Lead

A informação mais importante deverá estar nas primeiras linhas, ou seja, no lead. No jargão jornalístico, lead é a parte Inicial do texto, na qual devem estar as informações mais Importantes. Ele está para a jornalismo assim como o rótulo está para um produto industrializado.



http://www.tfscomunicacao.com.br

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Campanha do O GLOBO - Belo exemplo de cronwdsurcing

Projeto concede até R$ 5 mil para pesquisas sobre o uso sustentável do cerrado

Está aberto o Edital 'Universidades e Comunidades no Cerrado' do projeto Florelos, que vai selecionar projetos de pesquisa sobre o uso sustentável da biodiversidade do Cerrado e das áreas de transição para os biomas vizinhos.

Para participar do processo seletivo, é necessário o pesquisador estar matriculado ou ter sido admitido em programa de pós-graduação no qual deseja realizar sua pesquisa, ser brasileiro ou residente no Brasil. A pesquisa deverá focar temas relevantes para o uso sustentável da biodiversidade do Cerrado e ter anuência da comunidade para a realização dos estudos. Além disso, os candidatos deverão apresentar projeto de pesquisa detalhando contexto, justificativa e objetivos da pesquisa, metodologia a ser aplicada (ainda que provisória ou preliminar) e levantamento inicial dos custos. De acordo com a modalidade da pesquisa, o valor por projeto pode chegar até R$ 5 mil.

Serão quatro reuniões para a seleção dos projetos a serem financiados, a primeira prevista para o dia 26/10/09. As propostas devem ser enviadas para o Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), aos cuidados de Fabio Vaz Ribeiro de Almeida. O endereço do ISPN é CLN 202, Bloco B, Salas 101-104, CEP: 70832-525 , Brasília (DF). Mais informações acesse www.ispn.org.br ou o Fone/fax: (61) 3327-8085 e-mail: instituto@ispn.org.br ou fabio@ispn.org.br

Florelos

O projeto objetiva salvar e/ou construir elos ecológicos e sociais entre as florestas brasileiras, expandindo e consolidando o uso sustentável da biodiversidade nativa do Cerrado e florestas vizinhas (Amazônia, Pantanal, Caatinga, Mata Atlântica). A estratégia é a promoção de meios de vida sustentáveis, gerando renda, segurança alimentar, empoderamento comunitário, equidade entre os gêneros e sobrevivência cultural, além de manter florestas e vegetação nativa em pé. A idéia é permitir que as funções ecosistêmicas e interconexões se mantenham, ao invés de uma conversão para monoculturas ou pasto.

O projeto FLORELOS vai financiar despesas como transporte e hospedagem do pesquisador em trabalho de campo, material de consumo e suprimentos, serviços de terceiros, publicação ou retorno à comunidade de pesquisas realizadas anteriormente e outras despesas relevantes. Caso a pesquisa envolver trabalho de campo, será possível também apoiar atividades para o estabelecimento de um contato inicial com a comunidade.

A iniciativa é desenvolvida pelo ISPN - Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) e conta com as parcerias da Comissão Européia, do Programa de Pequenos Projetos Ecossociais (PPP-ECOS) e do Global Environment Facility - Small Grants Programme (GEF-SGP), através do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

Por Claudia Moreira, da Fundação Banco do Brasil

23 EDITAIS ABERTOS NO CNPQ

Projetos podem solicitar apoio financiero ao CNPQ nas seguintes áreas: "Envelhecimento, Trabalho e Saúde: promoção da qualidade de vida", rede de estudos e pesquisas em saúde indígena, biotecnologia, pesquisa da biodiversidade marinha, inclusão social, pesquisa e inovação em transportes e outros.

Mais>>

RECURSOS PARA RPPNs

Aberto o VIII Edital de Projetos do Programa de Incentivo às Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) da Mata Atlântica, coordenado pela ONG Conservação Internacional, Fundação SOS Mata Atlântica e The Nature Conservancy. Proprietários de terra de toda a Mata Atlântica podem participar do programa, serão R$ 300 mil através do patrocínio da Fundação Toyota e do Bradesco cartões e Capitalização. Até 26 de outubro!

Edital na Íntegra>>

53 EDITAIS DA COMUNIDADE EUROPÉIA

A Comunidade Européia anunciou o lançamento de 53 novos editais para financiamento de pesquisas em diversas áreas do conhecimento no âmbito do FP7 (Seventh Framework Program), com orçamento superior a 50 bilhões de euros até 2013. O Programa é dividido em quatro subprogramas: Cooperação, Idéias, Pessoas e Capacidades.

Programa Pappe-Subvenção já opera em 12 estados




Lançado em 2006, o Programa de Apoio à Pesquisa em Empresas – Pappe-Subvenção, que concede apoio financeiro na forma de subvenção econômica (recursos não-reembolsáveis) a empresas de base tecnológica de pequeno porte, já consolidou os seus primeiros resultados. Modelo único de subvenção com operação descentralizada, ou seja, em parceria com Fundações de Amparo à Pesquisa, Sebraes ou Federações das Indústrias, o programa está presente hoje em 12 estados e funciona por intermédio do custeio direto de atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação (P,D&I) nos empreendimentos selecionados.


Os editais do Pappe são independentes e a alocação de recursos obedece às prioridades e características de desenvolvimento regional. Até o momento, já foram comprometidos recursos da ordem de R$ 145 milhões da FINEP e cerca de R$ 95 milhões de contrapartida provenientes dos estados envolvidos – Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Minas Gerais, Distrito Federal, Bahia, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão, Amazonas, Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul.

Em linhas gerais, serão beneficiadas empresas que faturem até R$ 10,5 milhões ao ano, com financiamentos entre R$ 200 mil e R$ 400 mil. Até o momento, o valor médio dos projetos recebidos é de R$ 250 mil, elencadas aí as mais de 1600 propostas inscritas em 12 dos 14 estados participantes, já que São Paulo e Paraná ainda não começaram a operar o programa. De acordo com Gina Paladino, Superintendente da Área de Subvenção e Cooperação da FINEP, é esta parceria com fundações, sistema Sebrae e federações de indústrias a principal forma de garantir a aplicação eficiente dos recursos. “O Pappe é parte fundamental de nossa política de descentralização do fomento, conferindo capilaridade às nossas ações. Os primeiros resultados denotam que estamos trilhando um bom caminho”, afirma a executiva.

Para se ter uma idéia das especificidades de cada edital, a chamada pública que envolveu FINEP e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), por exemplo, teve por foco as áreas de Engenharias e novos materiais; Nanotecnologia, semicondutores e tecnologias da informação e comunicação; Biocombustíveis, energias e meio ambiente; e Biotecnologia, biodiversidade, agronegócios, fármacos e saúde.

Já no edital do Distrito Federal, além de áreas comuns ao edital baiano, como Tecnologia da Informação e Comunicação (TICs) e Nanotecnologia, também foram elencados projetos de pesquisa referentes aos Arranjos Produtivos Locais do Distrito Federal (ALPs), como os de Agricultura Orgânica, Flores e Plantas Ornamentais, Turismo e Vestuário, entre outros.

Apoio à integração
Segundo Gina Paladino, o Pappe-Subvenção é, ainda, parte fundamental da política de integração de instrumentos que vem sendo empreendida pela FINEP. Na visão da superintendente, o desafio é orientar as empresas para que a alocação de recursos seja apenas o primeiro contato com o variado leque de linhas de financiamentos disponibilizados pela Agência.

“Nossa preocupação com o pós-Pappe é grande. Queremos que as empresas saiam focadas e prontas para se candidatarem, por exemplo, ao Inova Brasil ou ao Juro Zero (programas reembolsáveis da FINEP) e algumas, eventualmente, até busquem o venture capital”, explica. Ainda este ano, a FINEP vai lançar o Pappe-Integração, voltado, especificamente, para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Apesar dos bons resultados já obtidos em alguns estados dessas regiões, Gina Paladino espera que os novos editais possam preencher as lacunas que os primeiros ainda deixaram. “Em um país com 27 Unidades da Federação, atingir 14 já é um número relevante, mas ainda falta a outra parte. Temos que varrer todos os pontos do gigante”, completa Gina.

Fonte: FINEP

Eureka no Jornal o Fluminense

Amigos que acompanham o blog domingo dia 18/10/2009 sairá uma matéria no jornal o fluminense falando do Projeto Eureka....

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Inovar é questão de sobrevivência para as pequenas empresas

A inovação e as pequenas empresas! Projeto lança o desafio de tornar empresas mais competitivas. E o Paraná é um dos estados pioneiros nesta iniciativa. Lá, empresários já sabem que inovar faz a diferença para ter sucesso no negócio.

Uma fábrica de tijolos e uma confecção são empresas bem diferentes. Mas compartilham as mesmas preocupações: acompanhar as mudanças do setor em que atuam. Não ficar parados no tempo, atrás dos concorrentes. O Sebrae nacional lançou o projeto Agentes Locais de Inovação. “É um projeto piloto que tem por objetivo testar uma metodologia indiana que propõe levar a cultura da inovação para dentro das micro e pequenas empresas”, explica Olavio Schoenau, do Sebrae/PR.

Vinte e oito agentes atuam no estado do Paraná. Um deles é a estilista Michelle Gazabin.
Ela socorreu a empresária Teolina Golambiuk quando a confecção estava sem rumo. “Ela tinha grande potencial, porém tinha dificuldade de organização, não tinha foco no produto que atendia. São elementos que atrapalham o desenvolvimento”, diz Michelle Gazabin,
agente local de inovação.

“Começamos a querer atender tudo o que os clientes queriam. Então, a gente fazia jaqueta, fazia calça, fazia linha fitness, biquíni. Começou a ficar muito amplo”, relata a empresária Teolina Golambiuk.

Agora, a empresa só produz roupas para praia, fitness e natação. Definir o foco também é inovar. Assim como modernizar a parte gerencial, consertar pequenos erros, buscar informações para melhorar o produto.

Na confecção, o corte ficava ao lado do estoque de roupas acabadas. Com o projeto, os setores foram colocados em andares diferentes. Foi uma inovação com custo zero que aumentou a produtividade. Também teve inovação no escritório. A empresária renegociou com os fornecedores os prazos de pagamento e assim aumentou o capital de giro. Ela dividiu tarefas e ficou com mais tempo livre para buscar novos negócios.

“Conseguimos o licenciamento com dois clubes, Coritiba e Atlético paranaense. Vamos produzir na linha de fitness, praia e natação para os dois clubes, com exclusividade em praia, o que para nós vai ser muito bom porque vai aumentar a produção, triplicar nos próximos dois meses”, diz Teolina.

Os agentes do Paraná abordaram quase 3 mil empresários. Mil já aderiram ao projeto e 60 têm planos de inovação em andamento. A meta nacional é beneficiar 30 mil negócios.

Uma olaria de São José dos Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, já implantou o projeto. E inovou em todos os setores. “Às vezes, nós sabíamos que tinha algo errado, mas não sabíamos resolver. A partir do momento que teve esse contato com o Sebrae, a gente conseguiu resolver muita coisa”, conta o empresário Nilson Tortato.

Em um tijolo, 30% é argila de morro, e 70% é argila de várzea. O empresário Nilson Tortato misturava as matérias-primas sem se preocupar com a dosagem certa. Os tijolos não tinham padrão definido. Em um mesmo lote, era comum encontrar peças com peso e medidas diferentes.

O erro fazia a olaria perder R$ 0,02 por tijolo. Parece pouco, mas numa produção anual de 3,5 milhões de unidades o prejuízo chegava a R$ 72 mil. Agora, o dinheiro economizado é revertido em melhorias para as empresas.

A olaria também melhorou a qualidade das matrizes. Hoje, a peça que dimensiona os furos faz 3 milhões de tijolos idênticos. Outra inovação foi aplicada na queima dos produtos.
“A gente adaptou o forno para queimar qualquer tipo de maravalha. Desde serragem limpa, suja, casca de pinos, o que vier de biomassa a gente consegue queimar”, explica Nilson.

Os clientes da olaria percebem a inovação. Os tijolos são entregues em pallets de madeira.
“Antes, tudo era descarregado na mão, três tijolos cada um. Demorava um dia inteiro para descarregar uma carga de tijolo. Hoje, em cinco minutos, se descarregam 4 mil tijolos. Muito rápido”, diz o cliente Aldoir Gessi.

Nilson Tortato foi auxiliado pela agente local Katalin Stammer. A missão dela é convencer os pequenos empresários que nem toda inovação é tecnológica. “A gente mostra para eles, desmistifica para eles, mostra que a coisa pode ser mais simples, pode ser no seu dia a dia, uma mudança de processos, na sua rotina”, completa Katalin.

O Sebrae do Paraná lançou uma linha de crédito exclusiva para inovação. Em projetos de até R$ 10 mil, o Sebrae garante 50% do dinheiro. “O que nós queremos é que ele agregue mais uma função: trabalhar a inovação, ter alguém que olhe por esse aspecto da inovação. Isso tem que ser olhado no dia a dia. Do contrário, a empresa fatalmente acaba perdendo espaço no mercado”, explica Olavio.

Mais informações sobre o apoio do Sebrae aos projetos de inovação, procure um posto de atendimento mais perto de você ou visite o site http://www.sebrae.com.br

Tem uma boa ideia na área de tecnologia limpa? Eis a sua chance

Competições de planos negócios são uma forma interessante de viabilizar uma ideia quando não se tem dinheiro. Ali costumam estar reunidos investidores, interessados em apostar nas pessoas e projetos que pareçam mais promissores. Se você tem uma ideia na área de tecnologia limpa, corra para o site da Clean Tech Open e faça sua inscrição.


Podem participar projetos de todo o mundo que envolvam conceitos inovadores de tecnologias, produtos ou sistemas capazes de solucionar problemas energéticos ou ambientais. Para participar, basta preencher um formulário pela internet.

Se aprovada, a ideia passará para a próxima fase e deverá ser apresentada, em 5 minutos, para uma platéia de 3 mil pessoas em São Francisco, Estados Unidos. Estarão presentes juízes e também investidores, comunidade científica e jornalistas.

O vencedor levará U$ 100 mil para viabilizar seu projeto. As inscrições encerram-se em 15 de outubro. Para saber mais e inscrever-se, clique aqui. Boa sorte!

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Inovação tecnológica no Brasil está desprotegida, afirma especialista

Fábio de Castro - 02/07/2008

Consultor internacional e pesquisador da área de transferência e comercialização de tecnologia, Robert Sherwood dedicou as últimas duas décadas à investigação do papel da propriedade intelectual em países em desenvolvimento.

Nesta semana, o norte-americano, um dos especialistas internacionais consultados para a elaboração da Lei de Inovação brasileira, apresentou, na sede da FAPESP, a palestra Successful commercialization of university and government-sourced technology: pitfalls and opportunities ("Comercialização bem-sucedida de tecnologia apoiada por governo e universidade: armadilhas e oportunidades").
Ciência que não atrai investidores

Em entrevista à Agência FAPESP, o consultor afirmou que a ciência produzida no Brasil tem alta qualidade, mas não resulta em produtos comerciais com freqüência por não atrair investidores privados globais. E o que afasta esses investimentos é a fragilidade do sistema brasileiro de propriedade intelectual.

Sherwood, que estudou no Harvard College, na Escola de Direito da Universidade Harvard e na Universidade Colúmbia, atuou na área de direito internacional e conduziu um diagnóstico de sistemas de propriedade intelectual na América Latina para o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Brasilianista

A experiência o levou à criação de um modelo numérico de análise que permite avaliar sistemas de propriedade intelectual nacionais a partir da perspectiva de investidores privados. A abordagem foi aplicada a 18 países em desenvolvimento. Sherwood diz ter feito mais de 150 visitas ao Brasil desde 1972. Atualmente, visita o país três vezes ao ano.

Agência FAPESP – Por que o Brasil tem tanta dificuldade para transformar produção científica em inovações inseridas no mercado?
Robert Sherwood – O governo brasileiro investe recursos imensos em pesquisa, o que garante uma ciência de nível internacional. Mas o investimento privado global, necessário para transformar essa produção científica e tecnológica em produtos, não chega ao país. Os investidores globais relutam em colocar dinheiro no Brasil
Agência FAPESP – Qual é a causa dessa relutância?
Sherwood – Eles conhecem os altos riscos do investimento em inovação e, por isso, não querem colocar recursos em países com um sistema de propriedade intelectual fraco, como é o caso do Brasil. Esses investimentos acabam indo para os Estados Unidos.

Agência FAPESP – Poderia citar alguns dos pontos fracos do sistema brasileiro de propriedade intelectual?
Sherwood – Sem dúvida seria preciso fazer pelo menos alguns ajustes técnicos na Lei de Inovação. Não tenho certeza de qual seria o momento ideal para esses ajustes, mas a lei ainda tem um caráter experimental, dando mais importância à inovação com investimentos estatais do que ao fomento por meio de investimento privado. A exigência de edital para o licenciamento exclusivo de tecnologias desenvolvidas com financiamento do governo também é um ponto a ser revisto. Uma das necessidades mais importantes é uma ampla reestruturação do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). A Lei da Propriedade Industrial também tem artigos confusos.

Agência FAPESP – Como esses problemas afetam a comercialização de tecnologias? Poderia exemplificar?
Sherwood – Algumas das empresas start up, particularmente na área biológica e de saúde, estão lidando com problemas de propriedade intelectual. Digamos que uma empresa brasileira tente fazer avançar uma tecnologia original, proveniente do conhecimento produzido na universidade. É provável – a não ser que se trate de uma tecnologia muito simples – que sua capacidade para comercializar, que passa pelo desenvolvimento do produto ou do processo, exija o acesso a uma outra tecnologia estrangeira. Haverá situações em que o fornecedor dessa tecnologia intermediária se recusará a disponibilizá-la no Brasil, porque ela não será adequadamente protegida aqui. O desenvolvimento das tecnologias por empresas brasileiras será então retardado. Isso é parte dos efeitos invisíveis da fraqueza do sistema de proteção intelectual no Brasil.

Agência FAPESP – Além dos problemas da legislação, pode-se dizer que há obstáculos culturais? O cientista pensa pouco em inovação?
Sherwood – Acho que é muito importante que mais universidades se aproximem da comercialização de tecnologias. Seria fundamental que elas pensassem seus processos de uma maneira nova, entendendo a importância da propriedade intelectual para apoiar a comercialização. Assim elas estariam em posição de agir quando os políticos finalmente se voltarem para os problemas da propriedade intelectual. Em outras palavras, aqueles que estão fazendo invenções no Brasil precisam experimentar um pouco mais o processo de mudar para uma comercialização de sucesso em escala global.

Agência FAPESP – A pesquisa deveria ser mais voltada para o mercado?
Sherwood – Não se trata de ciência voltada exclusivamente para o mercado, mas seria preciso que o cientista tivesse a questão da propriedade intelectual em mente desde o começo de uma pesquisa. Ele poderia, antes de mais nada, verificar nos bancos de patentes internacionais se sua tecnologia não foi patenteada – o que destruiria o possível interesse de investidores. Os cientistas também deveriam ter contato mais próximo com quem entende de propriedade intelectual, para ter em mente que produtos podem ser protegidos. Outro ponto fundamental seria depositar o pedido de patente antes de publicar o artigo científico.

Agência FAPESP – Não há uma tensão entre a necessidade de publicar, para ter credibilidade e conseguir recursos, e a necessidade de proteger as descobertas?
Sherwood – Ambos são importantes. O cientista brasileiro publica muito e isso é importante para fazer avançar o conhecimento. Isso precisa continuar. Mas é preciso buscar patentes e olhar para onde estão os potenciais comerciais, em vez de desperdiçar essas possibilidades. É uma questão de ter certeza de que os pedidos de patente estão terminados antes que o artigo seja publicado. Não vejo incompatibilidade entre publicar e patentear. Assim como não vejo contradição entre ciência básica e ciência aplicada. Mesmo tendo o potencial de mercado em vista, o pesquisador pode fazer descobertas científicas de alta importância.

Agência FAPESP – Quanto o Brasil poderia melhorar seu desempenho de produção tecnológica com uma melhora do sistema de proteção intelectual?
Sherwood – Há muito tempo especialistas em todo o mundo ficam perplexos com o contraste entre a altíssima qualidade da ciência feita no Brasil e a pouca energia que essa produção tão boa coloca na base industrial do país. O potencial é realmente impressionante. E não é preciso muito para consertar essa fraqueza. O custo não é grande. Ao contrário, se o sistema de propriedade intelectual fosse forte o suficiente para trazer investimentos privados, substituindo os investimentos que o governo é forçado a fazer, haveria muito mais recursos públicos para outras partes da economia. Em vez de tentar impulsionar a inovação, esse dinheiro poderia ser remanejado para o sistema de saúde e educação.

Agência FAPESP – O senhor afirmou que a propriedade da patente é uma questão ilusória, que o mais importante é saber quem tem o poder de negociar o licenciamento. Poderia explicar esse ponto de vista?
Sherwood – A propriedade da patente não é de fato a questão crítica. O mais importante é a habilidade para negociar direitos para usar a patente com o investimento privado. Não importa quem seja o dono da patente é preciso eleger alguém que tenha sabedoria, inteligência e que seja uma pessoa de negócios para formular um arranjo no qual o dinheiro vai ser distribuído entre a fonte de recursos original do governo, a universidade, o departamento e o professor ou a equipe que fez o trabalho que gerou joint ventures de pesquisa.

Agência FAPESP – Poderia exemplificar?
Sherwood – Vamos dizer que há uma equipe de Israel em parceria com uma equipe da USP e elas fazem uma importante comercialização de uma nova tecnologia. Temos que ter certeza sobre como vamos distribuir os ganhos dessa comercialização, entre os israelenses e a USP. Geralmente são determinações muito complexas, mas não esperem para definir isso depois de o produto entrar no mercado, ou haverá briga. Desde o início do processo é preciso saber quem vai ficar com dinheiro. E, não importando a quem pertença a patente, será possível nomear alguém que faça a negociação com sabedoria.

Agência FAPESP – Qual a sua opinião sobre as incubadoras de empresas brasileiras? Elas estão conseguindo transferir tecnologia?
Sherwood – O movimento de incubadoras no Brasil tem um crescimento impressionante. A maior parte das universidades hoje têm incubadoras, mas a maioria delas foi criada sem nenhuma preocupação com propriedade intelectual. Poucas das que conheci compreenderam a importância da questão. A de Curitiba, por exemplo, exige que as pequenas empresas ingressantes mostrem sua capacidade de proteção intelectual. Creio que eles têm uma taxa de sucesso maior com suas empresas graduadas. Outras fazem um grande trabalho, mas não têm uma apreciação adequada para propriedade intelectual. Eu soube, por exemplo, de visitas de delegações chinesas a incubadoras brasileiras sem imposição de sigilo. Os chineses tiraram fotos e pediram cópias de diagramas. É um tipo suave de espionagem. Tecnologias brasileiras estariam beneficiando a indústria de base chinesa. Não tenho provas disso, mas é um temor justificável.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Pai da inovação aberta vem ao Brasil

Henry Chesbrough, fundador e diretor do Center for Open Innovation, debaterá a implementação da inovação aberta junto às principais empresas e entidades relacionadas à inovação.

Nos dias 22 e 23 de outubro, no Open Innovation Seminar, o criador do conceito de open innovation, Henry Chesbrough, apresentará, pelo segundo ano consecutivo, uma palestra exclusiva referente a seus últimos estudos sobre redes globais de inovação, além de participar de debates com empresas e entidades brasileiras. O ultimo Open Innovation Seminar reuniu 350 participantes no Wall Trade Center – São Paulo.

Empresas como FIAT, Tecnisa, Agência Click, Wal-Mart, Rapp Collins, Whirlpool, Chemtech – Siemens, Natura e Omnisys, entre outras, participarão dos debates e apresentações, junto a entidades como Finep, Fapesp, Anprotec, INPI, FGV, Fundação Dom Cabral, USP e Unicamp.

A programação inclui um amplo espectro de temas relacionados à inovação aberta. Processos, ferramentas e métricas de gestão da inovação; corporate venture como estratégia de inovação aberta; gestão da propriedade intelectual entre parceiros de inovação; financiamento público para a inovação; papel das redes sociais na co-criação e formação dos gestores de inovação são alguns exemplos de assuntos presentes na programação.

Sobre o evento

Data: 22 e 23 de outubro de 2009
Local: Renaissance São Paulo
Público-alvo: equipes e profissionais envolvidos no processo de inovação
Informações/Inscrições: http://openinnovationseminar.com.br (vagas limitadas)

O Open Innovation Seminar é o primeiro evento na América do Sul dedicado à disseminação dos conceitos e práticas de inovação aberta.

Além de propiciar um ambiente de parcerias e negócios entre os agentes do processo de inovação, o seminário oferece às empresas participantes de determinadas categorias a oportunidade de conversar diretamente com Chesbrough numa sessão exclusiva. (Mais informações: natasha.canuto@openinnovation.wiki.br – 11 4508.2755)

O evento é realizado pelo Centro de Open Innovation Brasil – uma iniciativa de Henry Chesbrough e empresas e instituições brasileiras conta com apoio de mais de 20 instituições relacionadas à inovação (FGV, FIA, USP, Inova Unicamp, University of Brighton, University of California, Instituto Endeavor e Anpei, entre outras).

Sobre a inovação aberta

Num mundo em que o conhecimento está distribuído, os investimentos para realizar pesquisa são altos e os ciclos de vida dos produtos são cada vez mais curtos, a inovação aberta propõe abrir as fronteiras da empresa para compartilhar riscos, diminuir o time to market, otimizar os recursos no processo de inovação e à capacidade de articulação de recursos internos e externos assim como idéias, competências, projetos, infraestrutura, tecnologias e capital.



Tags: Inovação, Palestras, Eventos, Open Innovation, Henry Cgesbrought, Wall Trade Center, Inovação aberta

Essa entrada foi postada em 05/10/2009 às 16:49 sob a(s) categoria(s) Inovação, Mercado, Mídias Sociais, Palestras, Redes Sociais. Você pode acompanhar as respostas desse post através do RSS 2.0feed. Você pode responder, ou rastrear de seu próprio site.

Google e RIM aderem à iniciativa de plataforma aberta do Flash Player

Por Redação do IDG Now!
Publicada em 05 de outubro de 2009 às 09h13

Durante conferência de desenvolvedores da Adobe, Google diz que trabalhará no Open Screen Project; RIM deve levar Flash para o BlackBerry.

O Google anunciou no domingo (4/10) que se unirá ao projeto Open Screen, da Adobe, uma iniciativa que visa a ajudar desenvolvedores a criar mais facilmente conteúdo baseado na plataforma Flash em diversas telas - celulares, TVs, computadores e demais eletrônicos de consumo.


“Sempre acreditamos que plataformas abertas levam à maior inovação na web e vemos nossa participação no Open Screen Project como outro passo nesta direção”, declarou o vice-presidente de engenharia do Google, Bill Coughran, em um post no blog oficial da companhia.

Coughran disse ainda que está animado em trabalhar com as equipes da Adobe para levar a web adiante e ver aonde a próxima geração de desenvolvimento web os levará.

Nesta segunda-feira (5/10), durante a conferência mundial de desenvolvedores da Adobe, a fabricante Research In Motion (RIM), também anunciou sua adoção ao Open Screen Project, o que deve levar, em breve, toda a funcionalidade do Flash Player para rodar nos smartphones BlackBerry.

Como parte do Open Screen Project, a RIM levará a experiência de tecnologia Flash para os smartphones BlackBerry. “Isso permitirá que os usuários aproveitem conteúdos e serviços interessantes que os desenvolvedores da tecnologia Flash estão trazendo à web”, disse o vice presidente sênior da RIM, Alan Brenner, em um comunicado divulgado pela Adobe.

Crowdsourcing / Terceirização

Este post é para os empreendedores que possuem uma empresa e necessitam de um logotipo para o seu negócio.

Apresento-lhes o Guerra Creativa
Guerra Creativa é uma plataforma para criativos da área de desenho gráfico e também permite os novos empreendedores obterem logos para seus novos negócios utilizando o novo conceito do Crowdsourcing / Terceirização.
Nesta plataforma, o empresário que deseja ter o seu logo, têm a oportunidade de escolher o valor que deseja pagar de acordo com o orçamento que dispõe.

A página é: http://pt.guerra-creativa.com/pages/about e temos também um vídeo http://www.youtube.com/watch?v=oydrrLqEuJs

Temos alguns concursos em andamento (veja link abaixo). Acredito que estes são grandes exemplos de Crowdsourcing.

http://pt.guerra-creativa.com/contests

Abraços!

Quando os clientes transformam a empresa

As pessoas sempre pensam que as transformações profundas nas empresas vêm de iniciativas implementadas pelos seus executivos ou acionistas. A inovação, seja em produtos e serviços ou no funcionamento da empresa, em muitos casos, é resultado de um estudo cuidadoso do mercado que o Departamento de Marketing realiza ou da pesquisa minuciosa da equipe de Pesquisa e Desenvolvimento. Além disso, ter uma caixa de sugestões, na qual todos os empregados podem dar idéias, também é uma prática positiva em muitas empresas. No entanto, essas caixas físicas, que ficavam em lugares distintos nas instalações da empresa, foram substituídas pelas caixas de entrada eletrônicas, geralmente localizadas no portal ou na intranet da empresa.

Sem dúvida, hoje existe outro recurso que nos ajuda a detectar oportunidades de melhora ou novas idéias, a partir de recomendações dadas por clientes, parceiros de negócios ou pelo público em geral. Trata-se do “crowdsourcing”, que é a substituição de uma atividade realizada, tipicamente, por empregados ou contratados da empresa pelo trabalho de um grupo de consumidores, uma comunidade de interesse ou do público em geral. A empresa ou organização pensa em um desafio para o público – “crowd” (multidão) – e terceiriza o trabalho com este grupo – “sourcing” –, buscando a solução de um problema ou uma necessidade. Esse conceito foi criado por Jeff Howe, que publicou um artigo com este título na revista americana Wired, em junho de 2006.

O crowdsourcing surgiu da facilidade da internet e ganhou impulso com a nova onda da tecnologia conhecida como Web 2.0, que aproxima os consumidores, transformando-os em protagonistas da mudança na empresa. A interatividade da Web 2.0 é impressionante e está sendo utilizada pelas empresas mais evoluídas para uma maior aproximação dos consumidores. Por meio dela, os usuários podem criar conteúdos, usando blogs, wikis e message boards. Recentemente, a rede Starbucks colocou em prática um programa, em seu site na internet, pelo qual os clientes propõem novas idéias, sem que possam votar a favor ou contra as propostas de outros consumidores. Outro exemplo vem da empresa Threadless, que fabrica camisas criadas pelos seus clientes por intermédio do seu site. Cada semana, a comunidade de mais de 500.000 clientes/seguidores da Threadless vota nos produtos que irão ser produzidos.

A Netflix, empresa de aluguel de DVDs pela internet, não ficou atrás e ofereceu uma recompensa de US$ 1 milhão para quem conseguisse melhorar o algoritmo de qualificação de preferências dos consumidores em pelo menos 10%. Não houve vencedores; no entanto, a iniciativa foi um ótimo exercício de crowdsourcing, que obteve grande atenção e o interesse da comunidade de entusiastas do serviço da empresa. A Cisco também já havia utilizado essa ferramenta para solicitar sugestões inovadoras a seus clientes. Várias dessas ideias fazem parte de sua atual estratégia comercial. Na política, o crowdsourcing foi uma das ferramentas adotadas por Barack Obama para conquistar o voto dos jovens, principalmente os que tinham menos de 30 anos.

Mas essas técnicas não são utilizadas apenas para aumentar as vendas. Elas também funcionam como mecanismos perfeitos para incrementar o fluxo de ideias que, mais cedo ou mais tarde, passam a ser a semente de inovação e transformação empresarial. Por meio do crowdsourcing, as empresas conseguem aproximar-se mais dos seus consumidores, de modo a tornar sua oferta de produtos e serviços mais adequada às necessidades, estilos de vida e comportamento desse universo. Dessa maneira, as empresas melhoram seu desempenho e tornam os Departamentos de Marketing e de Pesquisa e Desenvolvimento mais eficientes.

Como consumidores, temos hoje a oportunidade de dar nossas sugestões a várias empresas que nos prestam serviços e nos vendem seus produtos. Aquelas que souberem interpretar a mensagem terão uma possibilidade única de capturar nossa preferência…

Autor: Claudio Muruzábal é CEO da Neoris, Consultoria Global de Negócios e TI, especializada no segmento de Nearshore Outsourcing, consultoria de valor agregado e tecnologias emergentes.
Fonte: B2B Magazine

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Rio 2016

Rio 2016

É nosso!!!