quinta-feira, 30 de abril de 2009

Sebrae promove workshop sobre inovação e oportunidade


Faça diferente e melhore os resultados dos seus negócios. Com soluções simples é possível se destacar e ser competitivo. Programação vai até final de julho.

O workshop “Como a pequena empresa pode lucrar com a inovação” é gratuito e se destina a empresários e profissionais ligados a micro e pequenas empresas de diversos setores da economia (indústria e agroindústria, comércio e serviços).

Por meio de uma linguagem direta e objetiva, o workshop apresenta exemplos e conceitos práticos sobre inovação em produtos, serviços, processos, marketing e na estrutura organizacional. Além de ajudar a identificar oportunidades de como inovar, se diferenciar e manter a sua empresa no mercado.

O conteúdo programático tem duração estimada em 4 horas, abrangendo palestra interativa sobre:
• O que é inovação?
• Quais são os tipos de inovação?
• Que atitude o empresário deve ter frente à inovação?
• Custa caro? Tem risco? É para a pequena empresa?
• Se não inovar, o que pode acontecer?
• Quais os ganhos com a inovação?

Para se inscrever, procure o responsável pelo programa no Sebrae do seu estado. (arquivo em pdf)

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Rentabilidade com inovação de produtos.

Fonte: HSM Online


A inovação dos produtos foi mais citada na Itália (39%), onde atingiu quase o dobro da média global, que foi de 20%, seguida pela China e Países Baixos, ambos com 32%. Na Suécia e na Tailândia esta opção foi a menos citada (9% das respostas).

A redução de custos foi considerada como a melhor iniciativa em Taiwan (28%), Espanha (26%) e Finlândia (24%). Pelo menos 15% das empresas ouvidas citaram a revisão da produtividade e a terceirização de serviços (outsourcing) como suas iniciativas mais importantes - ambas estreitamente relacionadas à redução de custos.

Para Frank Ponsioen, sócio da GTI nos Países Baixos, "durante revisões orçamentárias a inovação é frequentemente atingida por cortes, mas, diante destes resultados, as empresas mostram que buscam cortes menos radicais, em especial na inovação, para se proteger da concorrência no futuro". De acordo com ele, no momento atual a inovação privilegia os procedimentos de fabricação mais eficientes. "Muitas companhias estão tentando trabalhar de uma forma mais inteligente enquanto fazem projetos para o futuro."

Para as empresas que planejam inovar, a Terco Grant Thornton dá os seguintes conselhos:

• Busque oportunidades criadas pelos efeitos da crise econômica
Crie recursos para inovação
• Ofereça produtos e serviços de acordo com as condições econômicas atuais
Esteja aberto a idéias
• Controle cuidadosamente os riscos
• Colabore para que clientes e fornecedores desenvolvam novas idéias
• Examine processos e modelos comerciais inovadores, assim como produtos, para melhorar a sua eficiência.

Considerando que a prioridade de ação dos empresários brasileiros foi a redução de custos, algumas medidas são fundamentais para que isto seja feito com sucesso, conforme explica Roberto Strohschoen de Lacerda, sócio da Terco Grant Thornton que atua na área de consultoria. Assim, ele dá os seguintes conselhos:

Incubadora de empresas

A incubadora de empresas fornece consultoria e prepara futuros empreendedores para o mercado

Uma incubadora de empresas é um mecanismo que estimula a criação e o desenvolvimento de micro e pequenas empresas (industriais, de prestação de serviços, de base tecnológica ou de manufaturas leves), oferecendo suporte técnico, gerencial e formação complementar do empreendedor. A incubadora também facilita e agiliza o processo de inovação tecnológica nas micro e pequenas empresas.

Nas incubadoras, as empresas têm acesso, em um espaço físico especialmente construído ou adaptado para alojar temporariamente micro e pequenas empresas, a serviços que dificilmente encontrariam agindo sozinhas. Além de espaço físico individualizado para a instalação de escritórios e/ou laboratórios, as incubadoras oferecem sala de reunião, auditórios, área para demonstração dos produtos, secretaria e bibliotecas.

O mais significativo serviço prestado pelas incubadoras é a consultoria gerencial e tecnológica - micro e pequenas empresas recebem consultorias e assessorias em gestão empresarial, gestão tecnológica, comercialização de produtos e serviços, contabilidade, marketing, assistência jurídica, captação de recursos, contratos com financiadores, engenharia de produção e propriedade intelectual.

Elas maximizam a utilização dos recursos humanos, financeiros e materiais de que dispõem os micro e pequenos empresários. Essa ação aumenta a sobrevivência das empresas que passam pelo processo de incubação. No Brasil, estimativas apontam que a taxa de mortalidade das micro e pequenas empresas que passam pelas incubadoras fica reduzida 20%, um nível comparável aos europeus e americanos. Já para as nascidas fora do ambiente de incubadora, o Sebrae aponta uma taxa de mortalidade de 80% antes de completarem o primeiro ano de funcionamento.

Fonte: Sebrae

Faça Diferente - Novo blog do Mundo Sebrae

O novo blog tem papel parecido com o do antigo Inovar @ Sebrae trazendo conhecimento sobre a temática e tirando a dúvida de empreendedores sobre como inovar. A principal diferença é que o blog Faça Diferente tem mais ferramentas, como áudios da série de rádio sobre inovação e vídeos da TV Sebrae também sobre o tema. Além disso, informações sobre workshops e outras ações da campanha nacional. Conheça e comente o Faça Diferente!

Faça Diferente - Sebrae

Inovação em processos de distribuição

Novos métodos de produtos e serviços podem aumentar o lucro de empresas

As empresas inovam em métodos de distribuição investindo em novos equipamentos, softwares ou na melhoria significativa dos já usados pela logística. Uma nova organização da logística, com pontos chaves de transbordo de cargas e armazenamento de produtos, é um exemplo de inovação no método de distribuição.

A utilização de códigos de barras para separar pedidos, armazená-los e despachá-los aos clientes também é uma inovação em distribuição. Os métodos de distribuição – que fazem parte das atividades de logística – ganharam uma nova dimensão nos últimos 20 anos, principalmente devido às entregas just-in-time. As empresas têm que produzir e distribuir com rapidez e qualidade.

Solução colaborativa

Uma empresa de móveis pode, por exemplo, inovar em distribuição fazendo uma parceria com uma transportadora, que ficaria responsável por entregar o móvel e também montá-lo com equipe própria. Isso agilizaria a entrega dos móveis e atenderia os prazos cada vez mais curtos estabelecidos pelos clientes. A transportadora poderia ainda estocar os móveis, o que aumentaria os pontos de distribuição da empresa moveleira.

A solução de caráter colaborativo reduz o custo total de transporte/distribuição mais montagem para a empresa de móveis, que consegue atender com maior precisão as necessidades de seus clientes. Outra vantagem da iniciativa é o aumento do valor agregado na atividade da empresa de transporte/distribuição, que passa a estocar e a montar móveis, com conseqüente aumento de faturamento.

Leia e comente no Faça Diferente.

processos de distribuição

Uma oportunidade deve ser bem caracterizada antes da realização do investimento.

Podemos então relacionar uma série de questões cujas respostas ampliarão a compreensão sobre a oportunidade:

  • existe uma necessidade de mercado que não é suprida ou é suprida com deficiências?

  • qual é a quantidade de potenciais clientes para este negócio? Qual é o seu perfil? Onde se localizam?

  • quais são os principais concorrentes? Quais são os seus pontos fortes e fracos?

  • existem ameaças, como por exemplo, uma nova tecnologia que está prestes a entrar no mercado?

  • existem aspectos legais específicos que devem ser considerados?

  • quais são os valores que o novo produto/serviço agrega para os clientes?

  • quais são as vantagens que a empresa terá ao entrar no negócio?

  • será que o momento correto é realmente este?

  • a oportunidade de negócio condiz com as expectativas de lucro da empresa?

  • qual é o investimento necessário? A empresa tem capacidade para isso?

  • tenho vontade pessoal de atuar neste negócio?

  • e outras…

Estas perguntas devem ser respondidas pelo próprio empreendedor, combinando observação direta com outras fontes de informações como: a Prefeitura Municipal, as Associações, os Sindicatos, o IBGE, o SEBRAE, outras empresas etc. É importante notar também que o empreendedor deve ter um interesse pessoal que represente satisfação em atuar naquela oportunidade de negócio.

É desta forma que sua empresa descobre novas maneiras de atuar e assim, tem grandes chances de se tornar mais competitiva e permanecer no mercado. Leia e comente mais no Beco com Saída.

Oportunidade de negócio

terça-feira, 28 de abril de 2009

Crowdsourcing


O crowdsourcing é uma nova e crescente ferramenta para a inovação. Utilizado adequadamente, pode gerar ideias novas, reduzir o tempo de investigação e de desenvolvimento dos projectos, diminuir nos custos, para além de criar uma relação directa e até uma ligação sentimental com os clientes. Utilizado indevidamente, pode produzir resultados sem interesse ou mesmo absurdos. A mole humana pode ser sábia, mas também pode ser estúpida. Dois bons exemplos de produtos obtidos através do crowdsourcing são os sistema operacional Linux e o navegador Firefox, que foram criados por um exército de voluntários ao redor do mundo.

O crowdsourcing é um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo ou desenvolver novas tecnologias.

O crowdsourcing comporta a noção de que o universo dos internautas pode fornecer informações mais exactas do que peritos individuais. A ideia é que o todo seja capaz de se auto-corrigir. Se um grande número de pessoas é capaz de corrigir os erros uns dos outros - quer estes sejam por ignorância ou preconceito – os resultados serão no global mais fiáveis do que a resposta de um indivíduo ou de um pequeno grupo. O maior exemplo desse conceito é a própria Wikipedia, que é praticamente tão precisa nas suas definições como uma enciclopédia tradicional e consideravelmente mais cómoda de usar.

Como referem Tapscott e Antony D. Williams, em Wikinomics , as novas "armas de colaboração em massa", que têm um custo reduzido (desde as ligações Voip, software livre,.....) permitem que muitos milhares de indivíduos e pequenos produtores criem em conjunto produtos, acedam a mercados e deliciem os seus clientes, o que no passado só as grandes empresas conseguiam. As pessoas agora partilham conhecimentos e recursos que lhes permitem criar uma vasta gama de bens e serviços que qualquer um pode usar e modificar.

As redes de comunicação que as escolas têm vindo a implementar, quer através da Internet, quer com o recurso aos telemóveis, permitem uma conectividade permanente, promovendo uma comunicação permanente entre alunos, professores, pais, gestores das escolas, parceiros, ou seja, as forças "vivas" da comunidade, em que a resolução de problemas e o acto de aprender centra-se no significado do provérbio chinês que diz ser "necessária toda a aldeia para criar cada criança".

Em termos de educação, o que se pretende é uma escola aberta à comunidade, ao mundo, que partilhe os seus problemas, e que a solução dos mesmos resulte de um contributo "global", independentemente dos actores, em que as sinergias resultem na melhor solução para a questão em debate. Resultado desta convergência tecnológica - telefone, computador - associados a esta rede global de comunicação que é a Internet, a escola deixa de ser um espaço que trata de produzir, armazenar e distribuir informação/conhecimento, assente numa estrutura hierárquica, mas sim, na noção que os indivíduos exteriores ao espaço físico escola podem dar um contributo fundamental na análise das problemáticas em estudo.

Fonte: Wikinomics - Como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio

Inovação na base da pirâmide


Como a Índia se tornou uma referência mundial no desenvolvimento de produtos e serviços para a população mais pobre


Por Tiago Maranhão

EXAME Após dois anos de pesquisas e um investimento de 6,9 milhões de dólares, o Massachusetts Institute of Technology (MIT), celebrado centro de ensino e pesquisa americano, desenvolveu a prótese de pé e tornozelo mais avançada do mundo. O modelo é equipado com um pequeno motor e sensores eletrônicos que, entre outros avanços, reproduzem de maneira espantosa o trabalho de músculos e tendões. “É uma simulação quase perfeita do andar humano”, afirma Hugh Herr, chefe do grupo de inventores. “Não dá para notar se a pessoa que utiliza a prótese está mancando.” O pé biônico do MIT deve chegar ao mercado até o final deste ano, mas será acessível a poucos. Cada prótese custará cerca de 25 000 dólares, o que a torna uma possibilidade distante para 85% dos mais de 20 milhões de pessoas no mundo que sofreram amputação abaixo do joelho.

A maioria dos mutilados vive em países pobres e perdeu parte dos membros inferiores em tragédias como guerras e doenças. Para eles, a melhor opção disponível no mercado é uma prótese desenvolvida por um time de especialistas da cidade de Jaipur, na região noroeste da Índia. Feito de madeira, borracha vulcanizada e alumínio, o produto evidentemente não tem o mesmo aspecto moderno e os recursos do equipamento do MIT, mas funciona admiravelmente bem. O Jaipur Foot, como foi batizado, permite que o usuário volte a andar, correr, dirigir, pedalar, subir em árvores e levar uma vida sem as limitações de uma cadeira de rodas ou de um par de muletas. Além disso, tem a grande vantagem de custar apenas 40 dólares — o que significa que o dinheiro pago por uma prótese desenvolvida pelo MIT compraria 625 unidades do Jaipur Foot. “Esse é um grande exemplo de como usar a criatividade para atender o mercado de baixa renda”, afirma o consultor indiano C.K. Prahalad, professor de economia da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, e autor do livro A Fortuna na Base da Pirâmide.

Cerca de 90 000 unidades do Jaipur Foot são distribuídas atualmente por ano em países como Afeganistão, Angola e Camboja. As primeiras unidades foram desenvolvidas em 1968 e até hoje, apesar das inúmeras tentativas de concorrentes, ninguém conseguiu chegar a um produto com a mesma relação entre custo e benefício. A prótese surgiu de uma parceria entre dois indianos, o médico Pramod Karan Sethi e o artesão Ram Chandra. Os dois se conheceram nos anos 60 quando trabalhavam no Sawai Man Singh Hospital, em Jaipur. Na época, Sethi fazia parte de uma equipe que tentava desenvolver um modelo de prótese com materiais mais baratos, sem perda de resistência. Chandra entrou na história por acaso. Certa vez, ao levar o pneu de sua bicicleta para um conserto, ele prestou atenção na borracha vulcanizada utilizada para tapar o buraco. Saiu de lá com a impressão de que o material poderia ser útil aos colegas do hospital que pesquisavam a nova prótese. Sethi gostou da sugestão e os dois passaram a trabalhar juntos.

Enquanto o médico construiu as articulações da prótese, o artesão se encarregou de dar forma estética ao produto. O resultado foi a prótese adaptada às necessidades de moradores de países pobres — andar descalço, realizar trabalhos braçais, caminhar e correr sobre pisos molhados — e resistente para durar mais de cinco anos. “Nada no mundo se compara ao Jaipur Foot quando o assunto é produção local, com recursos locais para uma necessidade local”, disse a EXAME Cynthia Smith, curadora da exposição Design para os Outros 90%, que está em cartaz no Museu Nacional de Design de Nova York. O evento reúne mais de 60 produtos criados para atender às necessidades das pessoas mais pobres do planeta. Um dos destaques da mostra são os modelos do Jaipur Foot.

Prótese Jaipur Foot
Preço
40 dólares
Inventores
Ram Chandra Sharma e doutor Pramod Karan Sethi
Características
A prótese é feita de borracha, montada numa base de madeira e alumínio

A prótese faz parte hoje de uma ampla galeria de inovações indianas para um público consumidor de pouco poder aquisitivo. Não por acaso, o país virou o maior laboratório do mundo para o desenvolvimento desse tipo de produto e serviço. Segundo levantamento recente do Banco Mundial, o número de indianos abaixo da linha da pobreza é de 456 milhões de pessoas (o equivalente a 35,5% de sua população). Esse contingente sobrevive com uma renda média de até 40 dólares por mês. Considerando-se o restante da população, existem 390 milhões de habitantes com renda em torno de 100 dólares por mês. “Esse é um imenso mercado consumidor que não pode ser ignorado”, diz Stuart Hart, professor de negócios globais sustentáveis da Universidade de Michigan.

Para incluir essas pessoas no mercado de consumo, as empresas locais têm se desdobrado. O Instituto de Ciências da Índia, em parceria com a British Petroleum, criou em 2006 o fogão Oorja (que significa “energia” no idioma hindu). Tradicionalmente, as cozinhas indianas são equipadas com fogões que utilizam lenha ou querosene, combustíveis caros e que produzem muita fumaça. O Oorja, além do preço atraente (17 dólares), elimina o problema da fumaça utilizando apenas gás de cozinha e biomassa. Desde seu lançamento, o fogão flex já vendeu 5 000 unidades em distritos rurais. Em tese, são os mesmos consumidores da Bomba d’Água de Bambu. Feito, como o nome sugere, quase inteiramente de bambu, o equipamento custa 40 dólares e é desenvolvido para pequenos agricultores, que utilizam dois pedais para puxar água depositada até 7 metros abaixo do solo.

Fogão flex
Preço
17 dólares
Inventores
British Petroleum e Instituto de Ciências da Índia
Características
Sua base é feita de cerâmica e ele funciona tanto com gás quanto com biomassa

Uma das grandes vantagens dos indianos na criação de produtos e serviços a preços mais acessíveis é a oferta de mão-de-obra barata no país, mesmo em setores qualificados, como a medicina. Em diversas especialidades, os profissionais do país viraram sinônimo de qualidade e honorários baratos. Por causa disso, a Índia recebeu no ano passado mais de 450 000 turistas estrangeiros em busca de serviços médicos. Uma das áreas muito procuradas é a oftalmologia. Em todo o país, são realizadas 3,6 milhões de cirurgias nessa área por ano. Procedimentos como uma cirurgia de catarata custam 45 dólares — 15 vezes menos que o valor cobrado nos Estados Unidos. O mesmo princípio vale para cirurgias cardíacas. Uma operação de ponte de safena na Índia custa 7 000 dólares, ante 100 000 dólares num hospital americano.

A tradição em boa qualidade de ensino no país também é uma vantagem no desenvolvimento de inovações. Centros de excelência, como as universidades da cidade de Bangalore, também conhecida como o Vale do Silício indiano, viraram nos últimos tempos grandes incubadoras de patentes. Uma das últimas criações surgidas por lá foi um telefone celular popular de 15 dólares. Desenvolvido pela empresa local Spice, ele deve chegar ao mercado até dezembro. Para baixar o valor do produto, os engenheiros da Spice eliminaram o visor, a memória da agenda telefônica e outros recursos. “Vendemos apenas o telefone, nada mais”, diz Bhupendra Kumar Modi, presidente da Spice. “Continuamos pesquisando para baixar o preço até 10 dólares num futuro próximo.” O potencial de vendas do produto é enorme. Do 1,1 bilhão de indianos, estima-se que 870 milhões ainda não possuam um celular.

Bomba d’Água de Bambu
Preço
40 dólares
Inventores
Gunnar Barnes de Rangpur e Dinajpur Rural Service
Características
Em vez de um motor, o equipamento vem com dois pedais acoplados para o próprio agricultor fazer a força necessária para bombear água

A mais famosa das inovações indianas não tem fins lucrativos. O Jaipur Foot é distribuído gratuitamente pela ONG indiana Bhagwan Mahaveer Viklan Sahayata Samiti (BMVSS). A entidade foi criada pelo economista D.R. Mehta, que tomou contato com o Jaipur Foot em circunstâncias trágicas. Em 1969, ele sofreu um grave acidente de carro e precisou de dois anos e meio de fisioterapia para não perder a perna esquerda. Durante esse período, Mehta acompanhou as agruras de amputados que precisavam de uma prótese e acabou conhecendo o Jaipur Foot. “Ele era o único produto adaptado às necessidades dos indianos”, afirmou Mehta a EXAME. Nessa época, porém, poucos tinham acesso ao invento. O hospital que o desenvolveu doava o produto, mas tinha capacidade de fabricar apenas 50 próteses por ano. Mehta criou em 1975 a BMVSS com o objetivo de levar o Jaipur Foot a um número muito maior de pessoas. Ao longo de mais de três décadas de atuação, a ONG já forneceu cerca de 1,2 milhão de próteses a amputados de 25 países. Cerca de 40% do orçamento da BMVSS vem de repasses do governo, outros 15% de doações particulares e o restante de empresas como a americana Dow Chemical. Mehta, hoje com 72 anos, segue administrando a BMVSS, sediada em Jaipur.

Às vésperas de completar 40 anos de existência, o Jaipur Foot continua sendo aperfeiçoado. Com a ajuda do Centro de Pesquisa Espacial da Índia, a borracha vulcanizada foi substituída por poliuretano (um polímero orgânico com textura semelhante à da borracha, mas muito mais leve) e no lugar das articulações de metal foi adotado um material plástico igualmente articulado e resistente. De 850 gramas, o Jaipur Foot passou a pesar apenas 350 gramas. Mais recentemente, a Universidade Stanford, nos Estados Unidos, contribuiu para a BMVSS criando para o produto uma máquina de molde a vácuo de 4 000 dólares. O equipamento industrializa uma etapa que até hoje é feita manualmente, o que poderá aumentar de 100 para 1 500 o número de amputados atendidos diariamente pela ONG. “O Jaipur Foot é uma tecnologia de domínio público, quem sabe quantos milhões de dólares ela não valeria se tivesse sido patenteada?”, diz Prahalad.

domingo, 26 de abril de 2009

Chamada Pública da Subvenção 2009 recebe 2.558 projetos 13/04/2009

Próximo passo é avaliar propostas por critérios de inovação, efetividade, impacto no mercado e viabilidade técnica e financeira dos projetos. Resultado sai a partir de 1º de junho

A chamada pública do programa Subvenção Econômica de 2009, encerrada no dia 03 de abril, recebeu 2.558 projetos. "Foi uma surpresa positiva", assinala o diretor de Inovação da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Eduardo Costa. "Este ano, a proposta tinha que ser completa, em uma só etapa e, por isso, esperávamos menos inscrições", explica.

Para Costa, o alto número de projetos inscritos apesar do grau de complexidade do processo evidencia a grande quantidade de empresas que não eram detectadas pela Finep anteriormente. "Essas empresas agora sabem que a Subvenção é para valer", conclui o diretor.

A área de Tecnologias da Informação e Comunicação foi a que recebeu mais inscrições: 1.079, representando 42% do total. Em seguida, estão a área de Saúde, com 393 projetos (15%) e a de Desenvolvimento Social, com 370 (14%). Já em Biotecnologia, são 257 propostas (10%). A área de Defesa Nacional e Segurança Pública tiveram 249 inscritos, representando 9,7%, e a de Energia, 210 (8,2%).

O programa é um dos mais importantes da Finep e, este ano, concede R$ 450 milhões em recursos não-reembolsáveis, que são divididos entre as seis áreas estratégicas. Cada uma dispõe de R$ 80 milhões para apoiar projetos inovadores, com exceção da área de Desenvolvimento Social, que conta com R$ 50 milhões.

A demanda total das propostas recebidas chega a R$ 5,2 bilhões, bem abaixo de anos anteriores, quando chegou a ultrapassar os R$ 10 bilhões. "Este ano cada projeto foi limitado a R$ 10 milhões, o que tornou o processo mais equilibrado", explica Costa.

Cada projeto será avaliado em cinco critérios: grau de inovação da proposta; efetividade do projeto na solução dos problemas; impacto no mercado; viabilidade técnica e financeira e capacitação técnica da equipe executora. A divulgação do resultado preliminar está prevista para ocorrer a partir de 1º de junho.



(Fonte: MCT - 08/04/2009)

Não perca: últimas semanas para participar do Edital Senai-Sesi 20/04/2009

São R$ 12,5 milhões para fomentar projetos de inovação tecnológica e social em empresas, com aporte de até R$ 300 mil por proposta. Inscrições estão abertas até dia 30 de abril

Empresários têm que se apressar: o prazo para recebimento de propostas para o Edital Inovação do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi) encerra-se no dia 30 de abril. As empresas que quiserem participar do edital devem estabelecer parcerias com as unidades regionais do Senai e do Sesi para enviar os projetos de inovação tecnológica e social. As duas entidades do Sistema S da indústria vão direcionar R$ 10 milhões para o desenvolvimento das propostas selecionadas. Além desta verba, os projetos vão concorrer a mais R$ 2,5 milhões em bolsas de Desenvolvimento Tecnológico Industrial (DTI) oferecidas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT). Os vencedores serão conhecidos até dia 16 de junho e a verba para os projetos será liberada até 17 de agosto.

O aporte por proposta será limitado a R$ 200 mil, em caso de projetos em parceria com departamentos regionais de apenas uma das instituições, ou R$ 300 mil, se a proposta envolver conjuntamente unidades do Senai e do Sesi. O edital contempla todos os segmentos industriais, mas o destaque fica para a inovação tecnológica nos setores de biotecnologia, meio ambiente, alimentos, metalmecânica, eletroeletrônica, nanotecnologia, produtos farmacêuticos e polímeros. No caso do Sesi, os projetos devem atender às áreas de educação, saúde, cultura, esporte e lazer e responsabilidade social empresarial.

No edital do ano passado, dos 99 projetos de pesquisa tecnológica inscritos, 24 foram selecionados. Em 2009, a expectativa do gerente de Desenvolvimento Tecnológico do Senai Nacional, Marcelo Oliveira Gaspar de Carvalho, é de que haja um aumento de 50% no número de projetos inscritos em relação a 2008 em função do elevado número de consultas e dúvidas que os técnicos do Senai e do Sesi vêm recebendo. "Há uma grande procura por parte de empresas recém-incubadas ou em início de vida. Uma surpresa também é que já tivemos consulta de empresas de grande porte, como a HP, já que nosso recurso tem atratividade maior para a pequena e média empresa," diz Gaspar.

Desde sua criação, em 2004, 291 projetos foram enviados ao Senai por empresas de todo o Brasil e 70 foram desenvolvidos em parceria entre as empresas e as unidades regionais, de acordo com o gerente-executivo da Unidade de Tecnologia Industrial (Unitec) do Senai, Orlando Clapp. "De uma carteira de 70 projetos, concluímos metade deles. Desses projetos concluídos, já observamos que mais de 50% tiveram a incorporação do seu resultado dentro das empresas, ou seja, o produto que foi planejado ou a alteração de processo delineada foram concluídos. Os resultados técnicos não só foram atingidos, como foram incorporados ao processo produtivo", disse Clapp, durante o lançamento do edital de 2009.

De acordo com o gerente-executivo da Unidade de Tendências e Prospecção (Unitep) do Sesi, Fabrízio Machado Pereira, essa parceria com o Senai vai ao encontro do novo posicionamento da instituição implementada desde o ano passado, que visa à aproximação com as indústrias. "O Sesi está migrando de prestador de serviço para provedor de soluções. E, para isso, requer uma forte estratégia no campo da inovação. Esse edital é uma grande oportunidade para o Sesi aprender a gerar resultados e visibilidade para as tecnologias sociais, com impacto no setor produtivo industrial", afirmou Pereira, na mesma ocasião.

Para o diretor-geral da Sociedade Brasileira Pró-Inovação Tecnológica (PROTEC), Roberto Nicolsky, o Edital de Inovação Senai-Sesi 2009 representa um grande avanço em relação ao dos anos anteriores, não apenas pela quadruplicação de recursos, mas principalmente pelo novo conceito de fomentar uma inovação mais ampla, incluindo as responsabilidades sociais e de meio ambiente da empresa.

"O ponto fundamental do Edital Senai-Sesi é propiciar à empresa o apoio tecnológico de que necessita para a realização da inovação pretendida, dando-lhe a segurança de vir a alcançar os seus objetivos e, assim, inovar e crescer, gerando renda e emprego, retroalimentando o processo. Esse procedimento é relevante para qualquer empresa, mas simplesmente crucial para as indústrias de pequeno porte", diz Nicolsky.

(Fonte: Notícias Protec - 17/04/2009)

MANUAL DE APOIO À INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Orientações sobre as leis recém aprovadas pelo Congresso Nacional, que regulam os procedimentos de subvenção econômica e de incentivos fiscais para empresas, propiciando redução de risco e de custos de inovações tecnológicas. Identifica os programas de apoio ao desenvolvimento tecnológico das agências federais e estaduais, esclarecendo inclusive sobre o programa "Inovação", lançado pelo BNDES em 2006.

Solicite agora seu manual

Leislação


O governo brasileiro começa a entender que não pode haver crescimento econômico sem que o poder público esteja ao lado da indústria, estimulando a inovação tecnológica. Para promover um ambiente econômico favorável, é preciso a implementação de uma legislação eficaz que direcione esforços para promover pesquisa e desenvolvimento tecnológico no País. Destacamos aqui algumas leis que, ainda timidamente, apontam o interesse brasileiro em apoiar o setor produtivo.

Uma das leis mais importantes é a 11.196 de 2005 (Lei do Bem), que, em seu Capítulo III, prevê o uso de incentivos fiscais, de forma automática, pelas empresas que realizem pesquisa e desenvolvimento de inovação tecnológica. As deduções de Imposto de Renda de dispêndios efetuados em atividades de P&D podem representar um valor de até o dobro do realizado pelas empresas.

Os incentivos incluem, entre outros itens, a redução de IPI na compra de equipamentos destinados a P&D; depreciação acelerada dos equipamentos comprados para P&D; amortização acelerada dos dispêndios para aquisição de bens intangíveis para P&D; crédito do imposto de renda retido na fonte incidente sobre as remessas ao exterior de valores para pagamento de royalties relativos à assistência técnica ou científica e de serviços especializados para P&D; e redução a zero da alíquota do imposto de renda retido na fonte nas remessas efetuadas para o exterior destinadas ao registro e manutenção de marcas, patentes e cultivares.

Na determinação do lucro real para cálculo do IRPJ e da base de cálculo da CSLL, a empresa poderá excluir o valor correspondente a até 60% da soma dos dispêndios efetuados com P&D. Este percentual poderá atingir 80% em função do número de empregados pesquisadores que forem contratados. Além disto, poderá haver também uma exclusão de 20% do total dos dispêndios efetuados em P&D objeto de patente concedida ou cultivar registrado.

Para usufruir os incentivos fiscais determinados pela Lei do Bem, no entanto, a empresa deve optar por declarar seu imposto no regime de lucro real, mais complexo e dispendioso, utilizado por apenas 6% das empresas nacionais.

Lei do Bem
Lei da Inovação
Leis de Fundos Setorais
Lei TV Digital
Lei de Incentivos à Inovação na MPE "Estatuto da Empresa de Pequeno Porte"
Lei de Alteração dos Incentivos Fiscais

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Sumário Executivo Confrapar

Open Innovation: Fontes de Inovação, Fontes de Financiamento e Caminhos para a Comercialização

Entendendo O Venture Capital, André Saito, 2008.11.21

O QUE É O PROGRAMA PRIME?

Trata-se de um programa inovador - Primeira Empresa, criado pela FINEP para apoiar empresas nascentes no Brasil. As condições de participação são empresas de ZERO a 24 meses de existência cujos projetos possuam conteúdo inovador - de produto ou processo.

No primeiro ano, os recursos, no valor de R$ 120 mil (não reembolsáveis) serão repassados para sua empresa e estarão livres de taxação. Com esta verba, será possível a contratação de técnicos, administrador e consultoria de mercado. No segundo ano, você receberá mais R$ 120 mil a Juro ZERO ? (reembolsáveis em 100 parcelas sem juros).

Podem participar empresas nascentes, registradas na Junta Comercial, com até 24 meses de existência, contados a partir da data de constituição da pessoa jurídica (constante do campo ?Data de Abertura? no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica da Receita Federal) até a data de encerramento das inscrições, em 30 de abril de 2009.

Atenção: período de inscrição até 30/04/2009.

O programa será operado no Rio de Janeiro pelas Incubadoras de Empresas da Fundação Bio-Rio, COPPE e PUC/RJ.

Para acessar o edital e formulário, acesse os sites:

www.biorio.org.br

www.genesis.puc-rio.br

www.incubadora.coppe.ufrj.br/

Confira abaixo as perguntas frequentes do Programa PRIME:

Perguntas Frequentes - Prime.pdf

Entregue!!!!


Agora já está la, na mão do SEBRAE!!!

Conto com a toricida de todos

Empreender ou Trabalhar? Eis a questão...

Muitas pessoas trabalham apenas para não faltar dinheiro no final do mês e conseguir sanar as dívidas. Por outro lado, outras fazem isso para ter prazer, sentir-se bem e empregar seus talentos para a realização de algo extraordinário e, obviamente, para ter uma rentabilidade financeira.

Recordo-me do professor e sociólogo Domenico De Masi, que tem escrito na tela do seu computador a frase: “O homem que trabalha perde tempo precioso”. Quem disse isso trabalhava praticamente 20 horas por dia. Possuía mais de cinco tipos de trabalho, era professor, diretor de uma empresa, consultor, escritor de livros e artigos, entre outras atividades.

O lema do professor De Masi sintetiza a mudança do perfil do profissional da era industrial para a era da informação que vivemos hoje. Quem souber libertar-se da idéia tradicional do trabalho como obrigação ou dever e for capaz de apostar numa mistura de atividades, onde o trabalho se confundirá com o tempo livre, com o estudo, com as atividades físicas e com os momentos de descanso, conseguirá empreender com qualidade e destacar-se no mercado de trabalho.

Como o Dia do Trabalho está logo ai, tem uma pergunta que não me cala: “Trabalhar ou Empreender? Eis a questão...”

Trabalhar é ocupar-se em algum mister, ou seja, alguma profissão, esforçar-se para fazer ou alcançar alguma coisa, estar em funcionamento, empregar esforços, delinear através de exercícios físicos.

Para os gregos, trabalho tinha uma conotação estritamente física e representava toda atividade que fazia suar, com exceção do esporte. Quem trabalhava, isto é, suava, ou era um escravo, ou era um cidadão de segunda classe. As atividades não-físicas (a política, o estudo, a poesia, a filosofia) eram “ociosas”, ou seja, expressões mentais, dignas somente dos cidadãos de primeira classe.

A sociedade pós-industrial oferece, no entanto, uma nova liberdade, em que é possível empreender utilizando a mente criativa como ferramenta de trabalho. Essa que era estritamente reservada aos aristocratas. Atualmente as grandes corporações pagam fortunas para os gurus, consultores e palestrantes filosofarem e contribuírem com a mudança mental e as estratégias organizacionais.

Empreender é fazer acontecer, propor-se realizar algo diferente, inovador, criar uma oportunidade, ousar, desafiar, investir, correr riscos calculados, explorar algo que já existe para formatar algo novo. Você pode se perguntar: “Está bem, e o empreendedor não precisa
trabalhar, e muito?” Claro que precisa, e principalmente necessita de tempo para inovar e ousar. O bom empreendedor é um bom trabalhador.


Na mais nova sabedoria das ações do empreendedor, tem que estar presente trabalho, aprendizado, descoberta, desenvolvimento, inovação, superação e realização.

Algumas vezes pensamos que estamos ociosos, mas são nesses momentos que surgem os famosos insights, as brilhantes idéias. Uma dica importante é você sempre andar com um caderno para fazer as anotações dos seus insights. Pesquisas comprovam que a velocidade do pensamento é no mínimo três vezes mais rápida que a velocidade da fala, então aproveite seus pensamentos antes que eles desapareçam.

Empreender é uma jornada, não um destino. Boa sorte na sua jornada empreendedora.

Carlos Cruz atua como Coach Executivo e de Equipes, Conferencista em Desenvolvimento Humano e Diretor da UP TREINAMENTOS & CONSULTORIA.

Fonte:http://www.administradores.com.br

Evento Interessante - Para quem é de SP (Hoje)

MESA REDONDA:

A IMPORTÂNCIA DAS COMUNIDADES VIRTUAIS NA QUALIFICAÇÃO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL DOS PROFISSIONAIS DE TECNOLOGIA


Data: 16 de abril de 2009

Horário: 19:00 as 21:30

Local: Auditório SUCESU-SP, Rua Tabapuã, 627

Mediação: Ricardo Mansur, Ricardo Portella, Alexandre Campos, entre outros.

Publico Alvo: Profissionais de Tecnologia de todos os segmentos.

Realização: RAFROM, PTECNO e SUCESU-SP

Inscrições: Até 15 de Abril de 2009

Faça a sua inscrição enviando nome e telefone para o email

evento_sucesu@profissionaisdetecnologia.com.brEste endereço de e-mail está protegido contra SpamBots. Você precisa ter o JavaScript habilitado para vê-lo. .

Vagas limitadas.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Edital da Finep contempla projetos voltados às tecnologias sociais

Fonte: Gestão C&T

A Finep lançou chamada pública voltada à seleção de propostas que receberão apoio financeiro para a execução de projetos de tecnologias para o desenvolvimento social. A data limite para a submissão eletrônica das propostas é o dia 25 de maio.

Serão disponibilizados R$ 34,6 milhões, não reembolsáveis, provenientes do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). O objetivo é contribuir para a redução da pobreza e das desigualdades sociais, além de democratizar o acesso às tecnologias de informação e comunicação em áreas rurais do país.

A chamada contemplará projetos em duas linhas temáticas: o desenvolvimento de tecnologia social em contextos produtivos de empreendimentos econômicos solidários em áreas urbanas e rurais; e a implantação de centros de inclusão digital em áreas rurais. O prazo de execução dos projetos é de até 24 meses, prorrogáveis a critério da Finep.

Cada Estado e o Distrito Federal, por meio de suas secretarias de Ciência, Tecnologia e Inovação, poderá apresentar uma única proposta contemplando uma ou ambas as linhas temáticas. O formulário eletrônico para a submissão dos projetos está disponível no site da Finep a partir do dia 31 de março.

As propostas deverão ser estruturadas em subprojetos a serem executados por Instituição Científica e Tecnológica Pública (ICT) e empresas públicas que executem atividades de pesquisa científica e tecnológica, extensão ou serviços tecnológicos. Os subprojetos apresentados no âmbito da primeira linha temática, que envolve o desenvolvimento de tecnologia social em contextos produtivos, deverá contemplar uma cadeia produtiva principal, com destacada importância social, econômica e ambiental.

No que diz respeito aos centros de inclusão digital, objeto da segunda linha temática, a proposta deverá conter a lista completa dos municípios escolhidos para receberem os centros de inclusão digital. As unidades deverão funcionar em bibliotecas públicas, empresas públicas de extensão e assistência técnica rural, escolas agrotécnicas e cooperativas de agricultores familiares.

A íntegra do edital está disponível neste link
http://www.finep.gov.br/fundos_setoriais/acao_transversal/editais/Chamada_Desenvolvimento_%20Social_2009.pdf

Divulgada a lista de projetos aprovados pelo Inova Brasil.

Fonte: FINEP

A Diretoria da Finep aprovou seis projetos no âmbito do Programa Inova Brasil, que entrou em operação no início do ano. No total, serão disponibizados R$ 63,1 milhões em recursos reembolsáveis.

O Finep Inova Brasil conta com um orçamento de R$ 1 bilhão para operações de crédito em 2009. A iniciativa opera com taxas fixas e subsidiadas entre 4,25% e 5,25% nos contratos de financiamento. O programa é aberto a empresas de todos os portes.

De acordo com a financiadora, cada empresa pode solicitar, no máximo, R$ 100 milhões, sendo R$ 1 milhão o valor mínimo de cada financiamento. As empresas contratadas terão até 100 meses para pagar o empréstimo, sendo 20 de carência e 80 para amortização.

Os financiamentos aprovados nesta semana incluem empresas de diferentes setores, como laticínios, movelaria, malharia e sondagens geológicas. Cinco propostas foram contempladas pela Linha Três do programa, criada para fortalecer a competitividade, que prevê juros de 5,25% ao ano. O outro financiamento foi concedido com juros de 4,75% ao ano pela Linha Dois, que tem o objetivo de consolidar e expandir a liderança da empresa no segmento em que atua.

A lista de projetos aprovados está disponível neste link: http://www.finep.gov.br/DCOM/projetos_RD_23_03_2009.pdf

Open Innovation

Open Innovation (ou Inovação Aberta, em português) é um termo promovido por Henry Chesbrough,professor e diretor executivo no Centro de Inovação Aberta da Universidade de Berkeley.

Ao analisar o comportamento histórico das grandes firmas americanas ao longo do séc. XX, Chesbrough percebeu que o modelo de gestão da inovação utilizados nessas empresas foi bastante fechado no que se refere ao surgimento das idéias e sua aplicação no mercado. Duas premissas fundamentais mantiverem esse modelo: “nós detemos os melhores talentos e portanto nossas idéias são melhores que a dos demais” e “se nós inventamos ninguém melhor do que nós para comercializar”. Entretanto, essas premissas começam a ruir a medida que passamos por alterações sociais profundas na disseminação do conhecimento e portanto na divisão do trabalho para a inovação. Entre esse fatores destacam-se a crescente mobilidade de mão-de-obra, o surgimento de centros de formação de excelência em todo o mundo, a perda de hegemonia dos EUA, Europa e Japão para outras regiões emergentes e o crescente investimento em capital empreendedor (Venture Capital). Se uma boa idéia é rejeitada por uma empresa, está cada vez mais fácil para aquele funcionário ou equipe responsável pela criação dessa idéia sair e buscar alternativas externas para viabilizá-la.

A idéia central por trás da inovação aberta é que num mundo com mundo informações distribuídas, empresas não aplicam inteiramente a confiança de seus recursos em suas pesquisas, mas ao invés compram ou licenciam processos de inovação (como patentes) de outras empresas. Além disso, as invenções internas que não forem usadas pelos negocias da empresas devem ser postas para fora, de forma que outras empresas tenham a oportunidades de utiliza-las sob uma licença por exemplo. De maneira oposta, closed innovation (ou inovação fechada em português) refere-se ao processo de limitar o conhecimento ao uso interno da empresa e não fazer uso ou somente um pequeno uso do conhecimento exterior.

Henry Chesbrough esteve pela primeira vez no Brasil em junho de 2008, quando discutiu a aplicabilidade do modelo em empresas nacionais no Open Innovation Seminar 2008. O seminário, promovido pela Allagi, contou com apresentações sobre práticas de inovação aberta no Brasil de empresas como Natura, Embraer, Omnisys, IBM e Cristália.


wikipedia

terça-feira, 14 de abril de 2009

O plano de Negócios Eureka ficou pronto!!!!!




Pois é, finalmente conclui o plano de negócios, não sei se por falhas operacionais ou por erro de planejamento não segui o cronograma apresentado no blog.

Fiquei até um bom tempo sem postar nado porque, só de ouvir a palavra EUREKA eu me sentia culpado, por não estar seguindo algo que combinei comigo mesmo.

Pois bem, agora que concluir e que estou com minha consciência limpa, aqui estou eu de volta. O plano de negócios será entregue na quinta no dia 16 na loja do SEBRAE. Faço questão de compartilhar esse momento com vocês.

Gostaria de agradecer a todos que acompanharam essa historia e que me apoiaram e até aquele que chamei para ser meu sócio e não aceitou (é com você mesmo que estou falando), de qualquer fomar sua ajuda foi importantes.

A historia não acaba no concursou. Após a entrega do plano de e negócios no "concurso Prêmio Extra SEBRAE de Empreendedorismo", agora vou começar a buscar recurso de maneira a viabilizar a idéia e vou compartilha tal experiência com vocês.

Caso tenha alguem interessado em investir em uma boa ideia estou aberto a propostas a a TIR(Taxa interna de retorno) do projeto está acima de 16%.

Alteração:

Tenho recebido muitas solicitações de encaminhamento do Plano de Negócios EUREKA, no entanto, o Projeto não está registrado, fato que gera algumas inseguranças, quando se diz respeito a compartilha estratégia e planos de atuação.

Por esse motivo não irei encaminhar o projeto.

Tenho como meta em um futuro próximo disponibilizar uma apresentação sobre o projeto, de maneira que não comprometa informações sigilosas e sua estratégia de implantação como um todo.

Conto com a compreensão de todos

Utilidade

Recebi por e-mail... achei interessantes

vejam o que acham

E pra começar, um pensamento: "Se você continuar fazendo sempre as mesmas coisas, obterá sempre os mesmos resultados".

Publiquei novo artigo no Portal Administradores: "Qualquer um pode ser MEI - Microempreendedor Individual?" Quem quiser conferir o artigo: siga o link: http://www.administradores.com.br/artigos/qualquer_um_pode_ser_mei_microempreendedor_individual/29339/

Aproveito para convidar a todos para minha palestra virtual que ocorrerá nesta terça-feira. o tema é do lançamento de meu novo livro "Como Ministrar Palestras e Treinamentos Com Sucesso". A palestra será as 19h e você poderá assistir/participar do seu computador, de qualquer lugar do mundo. Uma cortesia do Projeto Vitarum, da NetSalas.

Para inscrever-se, basta entrar no meu site e lá tem o link para a Palestra Gratuita: www.zenaidecarvalho.com.br . Mas atenção: as inscrições encerram-se às 15h da terça-feira.

E quem desejar inscrever-se nos TREINAMENTOS, basta dar uma olhadinha lá no site, na Agenda.

Novas tecnologias e negócios para as mudanças globais

Fonte: Pesquisa FAPESP

Pesquisadores do Brasil e do Reino Unidos debatem as oportunidades de pesquisa aplicada geradas pelo avanço do conhecimento sobre o tema

Pesquisadores brasileiros e britânicos reuniram-se em São Paulo, para discutir as oportunidades para o desenvolvimento de tecnologias e de negócios que se abrem com os avanços do conhecimento sobre as mudanças globais. O workshop Physics and Chemistry of Climate Change and Entrepreneurship faz parte do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais e é uma iniciativa da Fundação e das instituições britânicas Institute of Physics (IOP) e a Royal Society of Chemistry (RSC), com apoio da Embaixada Britânica em Brasília e da academia nacional de ciências do Reino Unido e da The Royal Society. A abertura do evento teve a participação do diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz; Dipali Chauhan, do IOP; Alejandra Palermo, da RSC; e Carlos Nobre, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coordenador do Programa FAPESP em Mudanças Climáticas Globais.

O programa teve início com uma palestra de Richard Pike, CEO da Royal Society of Chemistry, que apresentou a situação sobre o uso da energia no Reino Unido e as estratégias usadas pelo país para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa e usar fontes de energia não fósseis. Pike mostrou que, na Inglaterra, parte significativa da energia produzida no país é utilizada no aquecimento de residências e apenas 25% das emissões de carbono estão vinculadas ao uso de derivados de petróleo no transporte. “Reduzir as emissões causadas pelo transporte causará um impacto pequeno”, afirmou. Para o pesquisador, a solução envolverá a adoção de tecnologias variadas, como a energia solar, os biocombustíveis e o hidrogênio. “O tamanho do desafio de substituir os hidrocarbonetos é enorme”, afirmou. Mas Pike criticou a opção de investir em biocombustíveis para substituir os derivados de petróleo, sob argumentação de que isso colocaria em risco a segurança alimentar. “Se a diretriz da União Européia de substituir 5,75% dos combustíveis fósseis por biocombustíveis fosse aplicada, mais de 19% da área agriculturável da Europa seria comprometida”, afirmou. O pesquisador antevê o uso de medidas diversas para reduzir os efeitos das mudanças climáticas, como o reflorestamento massivo e o sequestro de carbono, inclusive com o seu armazenamento no subsolo.

O físico José Goldemberg, disse concordar com o diagnóstico geral de Pike. “Exceto por alguns detalhes – e o diabo, como todos sabem, está nos detalhes”, disse o ex-reitor da Universidade de São Paulo (USP). Goldemberg discordou do diagnóstico do britânico acerca do futuro dos biocombustíveis. “Trata-se de uma visão eurocêntrica a idéia de que os biocombustíveis irão comprometer 20% da terra. Aqui no Brasil há terra disponível para plantar cana. É só vocês importarem o etanol do Brasil em vez de produzi-lo”, afirmou. Para Goldemberg, o momento abre oportunidades de desenvolvimento tecnológico em frentes como o etanol de celulose, os veículos híbridos, o armazenamento de energia, a aplicação da nanotecnologia em equipamentos fotovoltaicos e, é claro, os biocombustíveis. Goldemberg citou um relatório feito pelo Inter Academy Council, órgão que reúne as principais academias de ciência do mundo, de cuja elaboração participou, que propõe o uso de tecnologias limpas, entre as quais os biocombustíveis, e o aumento da eficiência energética. “O co-chair dessa entidade é um cientista chamado Steven Chu, que se tornou secretário de Energia dos Estados Unidos e que está afinando o discurso do novo presidente norte-americano a essa mensagem”, afirmou.

David Secher, professor da Universidade de Cambridge, abordou os desafios de transformar a pesquisa em mudanças climáticas em benefícios para a sociedade. Consultor de empresas e de governos no campo da propriedade intelectual e da transferência de tecnologia, ele abordou o esforço bem-sucedido feito na Grã-Bretanha a partir de 2000 para promover uma cultura empreendedora nas universidades e aproximá-la das empresas e do governo. “Quando a colaboração é feita de forma adequada, as necessidades da sociedade são atendidas”, diz. Segundo Secher, é um equívoco esperar que os melhores cientistas coloquem seus objetivos de lado para cumprir uma agenda ditada pela indústria. “O ideal é que os melhores se dediquem ao que sabem fazer de melhor. O que falta é ter nas universidades pesquisadores que conheçam os dois mundos e sirvam de intermediários entre o que a indústria necessita e o que os cientistas têm a oferecer”, afirmou. De acordo com Secher, o esquema criado no Reino Unido ainda terá de enfrentar uma série de desafios, como os salários pouco competitivos pagos pelas universidades, a falta de um sistema de avaliação capaz de mensurar o impacto econômico das transferências tecnológicas e o amadurecimento de uma cultura de mudança nas universidades.

O físico Luiz Pinguelli Rosa, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e diretor de seu instituto de pesquisa e pós-graduação em engenharia (Coppe), discorreu sobre o papel do Brasil nas mudanças climáticas e nos desafios para enfrentá-las. Pinguelli criticou o avanço da termoeletricidade como matriz energética do Brasil e mostrou que o potencial de exploração da energia hidrelétrica, bem menos poluente, ainda é grande no país. “Na contramão da história, o governo brasileiro passou a apostar até em termoelétricas movidas a gás natural e a diesel”, disse o professor. Secretário Executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, Pinguelli deu uma explicação para a opção brasileira. Segundo ele, enquanto é grande a resistência à criação de novos lagos e barragens, pouca gente enxerga os prejuízos, inclusive à saúde humana, de queimar óleo para produzir energia. “O movimento dos atingidos por barragens é bastante articulado, e não sem razão, porque historicamente foram muito mal tratados pelas autoridades”, afirmou. O físico encerrou sua apresentação falando de oportunidades tecnológicas. Apresentou um filme mostrando o protótipo de uma usina, desenvolvido pela Coppe, que aproveita a flutuação das ondas do mar para gerar energia.

John Twidell, CEO do Amset Centre, entidade que patrocina pesquisa e educação em energias renováveis e sustentabilidade, explorou as opções tecnológicas disponíveis – e disse que cada país adotará uma combinação própria de soluções apropriada a suas necessidades. A energia solar terá, segundo ele, utilidades diversas, tanto no aquecimento de água, como na geração de eletricidade e na refrigeração. “As células fotovoltaicas poderão ser integradas ao design das construções”, afirmou. Twidell enfatizou a importância das políticas públicas para estimular a mudança tecnológica. “O Reino Unido determinou que a partir de 2020 os novos edifícios terão de ser construídos com emissão zero de carbono. Os arquitetos, por exemplo, terão de ser treinados para isso”, afirmou. Em relação aos transportes, ele elogiou a opção brasileira pelos biocombustíveis. “Não preciso falar nada sobre isso, porque vocês sabem tudo. Mas será necessário dar uma ênfase maior ao veículo do que ao combustível. O desenvolvimento de carros híbridos, por exemplo, representa uma grande oportunidade.”

A sinergia entre alimentos, combustíveis e a produção de materiais foi o tema da apresentação do professor Fernando Galembeck, do Instituto de Química da Unicamp. Ele mostrou que o contínuo investimento em CT&I no âmbito da produção de cana-de-açúcar também resultou na produção de outros itens, além do açúcar e do etanol como a lisina usada em suplementos alimentares, poliésteres, celulose , vitamina B, solventes, polietieleno e energia elétrica com o bagaço. “A cana é um poderoso recurso de alimento, combustível e materiais. A área plantada em 2007 era de 2 mega hectares (Mha), mas existem no Brasil cerca de 80 Mha de pastagem, grande parte subutilizadas”, disse. Ele também sugeriu inovações que podem reduzir o impacto gerado na produção de energia elétrica e diminuir a emissão de gases poluentes. “Aumentando o albedo (reflectividade dos raios solares num objeto) das construções é possível diminuir o uso em aparelhos de ar-condicionado,” disse. Para isso, ele lembrou do pigmento que ele e sua equipe desenvolveram na Unicamp e com tecnologia transferida para a empresa Bunge. Usado nas tintas brancas, o pigmento branco nanoestruturado aumenta a reflectividade da luz solar das paredes e construções diminuindo o calor e o uso do ar-condicionado.

John Lucas, professor do Rothamsted Research, tradicional instituto de pesquisas agrícolas do Reino Unido, discorreu sobre os efeitos diretos e indiretos das mudanças climáticas na agricultura. Como efeito direto, citou três quebras de safra do trigo na Austrália nos últimos dez anos causadas pela seca. Entre os efeitos indiretos, está prevista, segundo ele, a mudança na distribuição geográfica de patógenos e a emergência de novas pragas e doenças. Isso já é perceptível na produção de canola no Reino Unido: uma doença que destrói a haste da canola está ampliando seu espectro no território. A ferrugem da soja asiática, que chegou ao Brasil em 2001, é outro exemplo citado. “Faltou fungicida na Europa porque o produto foi consumido pelos produtores brasileiros. Esse tipo de distorção do mercado se tornará mais frequente”, disse Lucas.

Por fim, o professor Luiz Gylvan Meira Filho, do Instituto de Estudos Avançados da USP, falou sobre as oportunidades geradas pelo sequestro biológico de carbono. Segundo ele, o Brasil desenvolveu duas metodologias para aproveitar o Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL), criado pelo Protocolo de Kyoto. Um delas, criada pela empresa AES Tietê, é voltada para reflorestar as bordas dos reservatórios de hidrelétricas de São Paulo, criando um cinturão de terra protegido. A outra é direcionada ao reflorestamento com espécies, como o eucalipto, para a produção de carvão. “Essa modalidade tem o benefício adicional de se transformar em combustível renovável”, afirma. De acordo com o pesquisador, um terço da produção brasileira de aço poderia basear-se em combustíveis renováveis. “Essa estratégia está sendo testada em outros continentes. No Brasil é o eucalipto. Na África, é o capim elefante, e na Ásia é o bambu”, afirmou. Gylvan também abordou o sequestro de carbono nos oceanos, estimulado pela fertilização das águas com sais de ferro – o que pode estimular a absorção do carbono. “É preciso agora fazer experimentos maiores e documentar o aumento da atividade fotossintética das algas quando os sais de ferro são adicionados”, afirmou.

O workshop contou ainda com a apresentações do diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, Patrick Dunlop, da Universidade de Ulster, Enio Bueno Pereira, do Inpe, Richard Templer, do Imperial College de Londres, Eloi de Souza Garcia, do Inmetro, Ian Forbes, da Northumbria Photovoltaics Applications Centre (NPAC), Carlos Cerri, da USP, Paul Valdes, da Universidade de Bristol.

Universia e PUC-Rio abordam o desenvolvimento científico, a inovação e a relação universidade e empresa

Seminário reúne professores, pesquisadores, personalidades do empreendedorismo e empresários para debater sobre temas relacionados à pesquisa científica e o vínculo com o meio empresarial. Encontro destaca os serviços e benefícios oferecidos pelo portal Innoversia.

Rio de Janeiro — O Universia Brasil e a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) organizam o seminário “Innoversia e os desafios da inovação”, realizado no dia 3 de abril (sexta-feira), no Auditório do Rio Data Centro-RDC da universidade, no Rio de Janeiro (RJ). O evento destaca os benefícios do portal Innoversia, criado para vincular as necessidades de inovação tecnológica das empresas com as capacidades dos pesquisadores e cientistas de toda a Ibero-América.

Na ocasião, o professor Padre Jesús Hortal Sánchez, Reitor da PUC-Rio, e Monica Miglio, Diretora de Conteúdo e Relacionamento com Universidades do Universia Brasil, receberão pesquisadores, personalidades do empreendedorismo brasileiro, empresários, coordenadores e diretores de agências de inovação, representantes de empresas interessadas em inovação e desenvolvimento tecnológico, professores, estudantes e convidados em geral, para discutir a relação entre a universidade e a empresa, incentivar o desenvolvimento científico no âmbito das Instituições de Ensino Superior, apresentar os modelos de apoio à inovação, entre outros temas.

Uma das abordagens do seminário são os modelos de incentivo à inovação. Renato Marques, Chefe do Departamento de Novos Negócios da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos do Ministério da Ciência e Tecnologia), destaca as necessidades reais de uma empresa inovadora, tais como: rede de contatos, análises estratégicas, governança corporativa, executivos qualificados e gestão profissional.

Já no painel sobre os instrumentos de regulação da relação universidade-empresa, Fernando Cosenza, responsável pelos processos que fomentam a inovação tecnológica na Serasa Experian, fala sobre como alavancar o crescimento de uma empresa, a compreensão de novas informações e a gestão da inovação, como: pauta estratégica de inovação, gestão de idéias, desenvolvimento de conceitos e protótipos e colaboração. Fernando também ressalta a importância do relacionamento com as universidades.

Para José Roberto Aranha, Diretor do Instituto Gênesis, da PUC-Rio, “os ambientes de inovação, tão necessários à competitividade das localidades, dependem de uma ação conjunta da chamada tripla hélice (Governo, Universidade e Indústria). A aproximação da universidade com as empresas é uma das ações requeridas nesses ambientes para transformar o conhecimento em produtos e serviços que absorvidos pela sociedade, alimentam o círculo virtuoso de melhoria da qualidade de vida das pessoas destas localidades. Esta ação de aproximação pode ser estimulada através de uma política pública de inovação e executada por iniciativas privadas como a dos Prêmios Santander.”.

Na ocasião, Monica Miglio vai explicar aos convidados como funciona o Innoversia e como os pesquisadores, empresas e sociedade podem ser beneficiados pelo portal. “O nosso papel é aproximar pesquisadores e empresários para que propostas inovadoras no campo científico possam contribuir e transformar a sociedade. Nosso trabalho é impulsionar o conhecimento no país. É por isso que pensamos nesse seminário. Universia e a PUC-Rio unindo esforços para que as pesquisas aplicadas andem na mesma velocidade e em parceria com as empresas”, afirma.

Portal Innoversia - O Innoversia (www.innoversia.net) é um portal criado para vincular as necessidades de inovação tecnológica das empresas com as capacidades dos pesquisadores e cientistas de toda a Ibero-América. No Innoversia, as empresas publicam suas necessidades de desenvolvimento tecnológico e inovação para que pesquisadores e cientistas proponham soluções, pelas quais receberão remuneração se forem aceitas.

O portal atende todas as empresas que buscam soluções inovadoras para seus problemas tecnológicos e também para pesquisadores, cientistas, inventores e todos aqueles com capacidade de desenvolvimento criativo para resolução de problemas globais. Os interessados nas demandas das empresas poderão se cadastrar no portal e recebê-las em seu e-mail. O funcionamento do Innoversia é simples e atualizado: 1.A empresa que apresenta uma necessidade tecnológica, ou um problema a ser solucionado, publica uma solicitação no portal Innoversia. | 2. Pesquisadores e inventores propõem suas soluções por meio do portal.| 3. A empresa verifica as propostas e escolhe a mais indicada para a sua necessidade. | 4.Quem for escolhido será informado, para que pesquisador e empresa firmem um acordo para a realização do projeto.| 5. A empresa adquire o projeto, produto ou serviço para solucionar seu problema. | 6. O escolhido recebe a remuneração acordada, bem como os créditos pela idéia e pela realização do projeto.

A Neos, empresa chilena dedicada à transferência tecnológica, foi responsável pela construção do Innoversia. Devido à tecnologia de ponta utilizada no desenvolvimento da plataforma do portal, é possível obter um sistema otimizado para incentivar a interação entre as empresas e pesquisadores de forma rápida e segura, evitando problemas e obtendo resultados importantes.| www.universia.com.br/hotsite/pucrio

Os clientes de Microcrédito e o Microempreendedor Individual - MEI

Parece uma sopa de letrinhas, mas não é, há sim forte relação entre este sistema alternativo de crédito - o microcrédito e a entrada em vigor do MEI - Microempreendedor Individual no mês de junho próximo.

O mercado demandante por microcréditos no Brasil é formado, basicamente, por empreendedores informais (80%) e mulheres ( 75%), onde um microcrédito de R$ 800,00 é suficiente para operar no dia a dia, conforme estrutura de funcionamento e ramo de atividade.

São micronegócios com características eminentemente varejistas, equivalente a 10,3 milhões de informais (ECINF 2003), justamente a grande parcela de nossa economia de pequenos negócios que é formada por costureiras, sapateiros, artesãos, donos de mercearias e prestadores de serviços pessoais, dentre outros, cuja receita bruta anual seja de até R$ 36 mil.

É de se esperar que este relativo contingente de empreendedores informais já sejam atendidos por diversas Instituições de Microfinanças, assim como também outras fontes de financiamento tais como amigos, fornecedores e até mesmo bancos. A questão de quem atende e a forma é um outro assunto (crédito bancário x microcrédito).

Há de se considerar que o grau de penetração das Instituições de Microfinanças em relação ao público alvo (informais) é muito pequeno - em que pese ainda haver grande informalidade na divulgação dos números do segmento de microfinanças do Brasil, o que ainda carece de mais estudos aprofundados. Na ECINF, por exemplo, “as atividades informais levantadas compreendem as unidades econômicas pertencentes a trabalhadores por conta própria e a empregadores com até cinco empregados, incluindo todos os proprietários (sócios) desses empreendimentos”!

Muito se divulga que com a entrada em vigor do MEI haverá aumento dos microcréditos, o que necessariamente pode não se verificar. Haverá sim melhor qualidade das informações disponibilizadas juntos as instituições de microfinanças e bancos, podendo influenciar, em muito, a melhoria das análises do setor e até mesmo relativa alteração entre a porcentagem de informais e formalizados (MEI) atendidos com microcréditos.

De nossa parte é importante estreitar nosso relacionamento com as Instituições de Microfinanças, Programas Públicos de Microcrédito e bancos vocacionados no atendimento de negócios informais, na busca de orientar os empreendedores informais conforme a Lei Complementar 128, que dentre outras medidas possibilita a solução de problemas reclamados pelo segmento relativos à cobrança de ICMS, cria condições para desburocratizar a abertura e fechamento de empresas, permite a entrada de novos setores econômicos ao Simples Nacional e cria o Microempreendedor Individual (MEI). Abraços, e até a próxima!
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Sobre o autor: João Silvério é colaborador do Sebrae Nacional.
Este artigo é de inteira responsabilidade do seu autor não refletindo, necessariamente, a opinião do Sebrae.