terça-feira, 28 de abril de 2009

Crowdsourcing


O crowdsourcing é uma nova e crescente ferramenta para a inovação. Utilizado adequadamente, pode gerar ideias novas, reduzir o tempo de investigação e de desenvolvimento dos projectos, diminuir nos custos, para além de criar uma relação directa e até uma ligação sentimental com os clientes. Utilizado indevidamente, pode produzir resultados sem interesse ou mesmo absurdos. A mole humana pode ser sábia, mas também pode ser estúpida. Dois bons exemplos de produtos obtidos através do crowdsourcing são os sistema operacional Linux e o navegador Firefox, que foram criados por um exército de voluntários ao redor do mundo.

O crowdsourcing é um modelo de produção que utiliza a inteligência e os conhecimentos coletivos e voluntários espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo ou desenvolver novas tecnologias.

O crowdsourcing comporta a noção de que o universo dos internautas pode fornecer informações mais exactas do que peritos individuais. A ideia é que o todo seja capaz de se auto-corrigir. Se um grande número de pessoas é capaz de corrigir os erros uns dos outros - quer estes sejam por ignorância ou preconceito – os resultados serão no global mais fiáveis do que a resposta de um indivíduo ou de um pequeno grupo. O maior exemplo desse conceito é a própria Wikipedia, que é praticamente tão precisa nas suas definições como uma enciclopédia tradicional e consideravelmente mais cómoda de usar.

Como referem Tapscott e Antony D. Williams, em Wikinomics , as novas "armas de colaboração em massa", que têm um custo reduzido (desde as ligações Voip, software livre,.....) permitem que muitos milhares de indivíduos e pequenos produtores criem em conjunto produtos, acedam a mercados e deliciem os seus clientes, o que no passado só as grandes empresas conseguiam. As pessoas agora partilham conhecimentos e recursos que lhes permitem criar uma vasta gama de bens e serviços que qualquer um pode usar e modificar.

As redes de comunicação que as escolas têm vindo a implementar, quer através da Internet, quer com o recurso aos telemóveis, permitem uma conectividade permanente, promovendo uma comunicação permanente entre alunos, professores, pais, gestores das escolas, parceiros, ou seja, as forças "vivas" da comunidade, em que a resolução de problemas e o acto de aprender centra-se no significado do provérbio chinês que diz ser "necessária toda a aldeia para criar cada criança".

Em termos de educação, o que se pretende é uma escola aberta à comunidade, ao mundo, que partilhe os seus problemas, e que a solução dos mesmos resulte de um contributo "global", independentemente dos actores, em que as sinergias resultem na melhor solução para a questão em debate. Resultado desta convergência tecnológica - telefone, computador - associados a esta rede global de comunicação que é a Internet, a escola deixa de ser um espaço que trata de produzir, armazenar e distribuir informação/conhecimento, assente numa estrutura hierárquica, mas sim, na noção que os indivíduos exteriores ao espaço físico escola podem dar um contributo fundamental na análise das problemáticas em estudo.

Fonte: Wikinomics - Como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio

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