sábado, 16 de maio de 2009

Crise não sufoca os novos negócios, diz Cliff Reeves

Chefe de negócios emergentes da Microsoft diz que novas empresas estão começando mesmo sem investidores

Da Redação, com a Reuters

Steve Ballmer, CEO da Microsoft, em conferência na Índia
Steve Ballmer, CEO da Microsoft, em conferência na Índia
Investimentos de capital de risco vêm diminuindo na atual economia em recessão, mas isso não está necessariamente sufocando negócios iniciais no setor de tecnologia, uma vez que está se tornando mais fácil abrir empresas sem investimento externo, afirma a Microsoft.

"Com o advento da computação relativamente barata, da banda larga relativamente barata, o custo de iniciar um empreendimento tem caído," disse o chefe de negócios emergentes da Microsoft, Cliff Reeves, à Reuters.

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"Muitas das empresas estão começando sem investidores", afirmou Reeves durante um anúncio da Microsoft nesta semana de que firmou uma parceria com o banco HSBC e a provedora de telecomunicações BT para ampliar sua rede de suporte ao empreendedor.

Robert Hendershott, professor de private equity e empreendedorismo na Universidade de Santa Clara, também argumentou recentemente que capital de investimento vem se tornando menos relevante para empreendedores abrindo empresas de Internet.

Em um ensaio a ser publicado na próxima edição do International Review of Entrepreneurship, ele escreve que muitos empreendedores agora podem financiar suas empresas apenas com sua poupança, empréstimos de familiares e amigos ou descontando no cartão de crédito.

Investimentos em empresas start-ups nos Estados Unidos diminuíram pela metade no primeiro trimestre, para 3 bilhões de dólares, segundo o relatório MoneyTree Report, da National Venture Capital Association e da PricewaterhouseCoopers, com base em dados da Thomson Reuters.

Investimentos de capital de risco em softwares nos EUA também caíram de 1,38 bilhão de dólares, um ano atrás, para 614 milhões de dólares, enquanto aportes em telecomunicações caíram de 436 milhões para 110 milhões de dólares, e investimentos em Internet caíram para 556 milhões de dólares, ante 1,32 bilhão de dólares no ano passado.

Reeves sustenta, no entanto, que investidores sérios não irão sumir: "Aqueles que têm portfólios de investimentos sólidos continuarão no mercado, por isso ainda que haja talvez uma pequena redução, a qualidade dos investimentos continua alta", disse.

A Microsoft não tem um fundo de investimentos de capital próprio, mas lançou uma iniciativa em novembro com diversos parceiros para apoiar empreendedores com recursos, tanto materiais quanto intelectuais. O HSBC é seu maior parceiro financeiro.

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