sábado, 23 de maio de 2009

Contribuições do planejamento estratégico para as pequenas empresas


O atual período que o universo empresarial atravessa, é referenciado por distintos autores, por expressões como: globalização, novíssimo mundo ou era das incertezas. Esta época está imersa em profundas e rápidas mudanças tecnológicas e econômicas, fazendo com que, as organizações empresariais de todo o globo, independente do porte, perfil ou área de atuação, enfrentem uma nova realidade, repleta de desafios e imprevisibilidades, criando assim diversas incógnitas em relação ao futuro.

A situação do cenário nacional é ainda mais grave , as flutuações cambiais, a instabilidade das bolsas, as crises políticas, a volatilidade da economia, etc. permeiam as empresas com mais incertezas e dúvidas quanto ao seu ambiente externo. Como se não bastasse, a voracidade das empresas chinesas e indianas por novos mercados de produtos e serviços representam um perigo real e iminente, uma vez que estas oferecem qualidade por preços muito atraentes.

Gostem ou não, este novo contexto que as empresas enfrentam, faz com que tenham que se adaptar rapidamente às mudanças, buscando na utilização de procedimentos e ferramentas administrativas apropriados, um meio para sobreviver e crescer.


O planejamento estratégico é uma ferramenta administrativa utilizada a algum tempo pelas grandes corporações e segundo pesquisas, é muito apreciada por executivos, que se utilizam dela para diminuir as incertezas do mercado e até mesmo para influenciar o futuro das empresas. A atual turbulência no cenário nacional, acaba por tornar o planejamento estratégico uma das necessidades para ajudar às empresas a enfrentarem os desafios do mercado, mesmo porque planejar é uma das funções primordiais da administração, e é por meio do planejamento, que são definidas as demais atividades, onde é dado ênfase as ações preventivas, em detrimento das corretivas.

Dessa forma, essa ferramenta de gestão que tanto contribui para o sucesso das empresas de porte maior, pode sofrer adequações para também contribuir com às empresas de porte reduzido. As micro e pequenas empresas representam segundo o Observatório Sebrae (2005) mais de 90% das empresas brasileiras e respondem por uma grande fatia dos trabalhadores ativos, todavia penam duramente ao enfrentar as exigências do atual mercado, possuem dificuldade de inserir-se no mercado internacional e não conseguem concorrer com as grandes corporações.

Vale ressaltar que muitas empresas limitam o seu planejamento a simples projeções, utilizando-se principalmente de planilhas de vendas passadas. Cabe salientar que este método de planejamento projetivo, é considerando nos dias de hoje um método antiquado e ultrapassado de planejamento.

Para terem maiores chances de sobrevivência e poderem fazer frente as empresas de médio e grande porte, as micro e pequenas empresas necessitam utilizar igualmente as ferramentas de gestão adaptadas a sua realidade, que certamente refletirá em benefícios significativos.

* Álvaro Constâncio, bacharel em Administração com pós-graduação a nível de Especialização em Gestão Organizacional, assessor da Gerência de Planejamento e Avaliação na Secretaria do Desenvolvimento Regional de Itajaí.

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