segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Plano de negócios não é um caderno fechado na gaveta

Muitos empreendedores não conseguem alavancar seus negócios por não conseguirem enxergar erros estratégicos ou de gestão. Um plano de negócios é uma ferramenta essencial e viva.

Por Jayme Nigri

Muitas empresas ainda não entendem a necessidade de um planejamento e, por isso, acabam fechando suas portas. Segundo dados do Sebrae, cerca de 31% das novas empresas fecham no primeiro ano e 60% fecham até o quinto ano.

A grande questão é descobrir porque o empreendimento não alcança crescimento, buscar ferramentas para reverter o quadro e definir novas estratégias. O planejamento não garante o sucesso, mas serve principalmente para minimizar os erros e otimizar as potencialidades e oportunidades.

É um mal sinal quando pode ser aplicada a frase “Para quem não sabe onde vai chegar, qualquer caminho serve”.

O plano de negócios é uma das ferramentas mais importantes para o empresário e deve ser escrito ‘a lápis’, pois é ajustado freqüentemente. O dono do próprio negócio muitas vezes precisa recorrer a uma consultoria para ajudar a encontrar os ‘erros’, o motivo da falta de crescimento ou da crise.

A crise e a falta de dinheiro são responsáveis por 56% do fim das empresas, seguidas pelo fluxo de caixa e a falta de clientes, em 35% dos casos. A concorrência responde por 31% e o acesso a crédito 15%.

Na maior parte dos casos, o fechamento poderia ser evitado ou o prejuízo minimizado se houvesse planejamento.

É fundamental entender a organização, ou seja, conhecer seus pontos fortes e pontos fracos. Quem investe pretende ter o retorno deste investimento, normalmente a curto ou médio prazo, além da compensação a médio e longo prazo.

A compensação é o resultado do investimento e do trabalho. E deve vir na forma que foi planejado: dinheiro, tempo livre, poder, status, patrimônio, etc. Entenda claramente se você quer ‘sobreviver’ ou ‘sobrar e viver’?”.

A motivação é um outro fator essencial, pois leva a pessoa a seguir seu caminho sem cair em ciladas, que podem vir disfarçadas de uma oportunidade ou mesmo de uma ameaça capaz de gerar reação. Quando a motivação está alinhada com o caminho escolhido, o sucesso é muito mais provável (mas isso não significa nenhuma garantia).

Ainda no âmbito humano, verifica–se que as grandes empresas, além de ter mais recursos, têm como propósito extrair o máximo de seus profissionais. Por saber que ‘gente é que faz a diferença’, buscam fazer com que seus profissionais se sobreponham aos processos.

Conceitos como perfil comportamental, pipeline ou PDCA normalmente são utilizados apenas em empresas que estão realmente em busca de resultados superiores.

O ideal é que a empresa esteja baseada nos três pilares de sustentação – caixa, lucro e perpetuação.

Este posicionamento é fator essencial para que o Plano de Negócios seja elaborado com consistência, seja implementado com comprometimento, tenha seus resultados verificados e seja ajustado freqüentemente. [Webinsider]

Sobre o autor

Jayme Nigri (jaymenigri@newmarketing.com.br) é engenheiro, especialista em marketing e sócio-diretor da consultoria New Marketing


Fonte: http://webinsider.uol.com.br

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