terça-feira, 14 de julho de 2009

Um novo jeito de ver a inovação

Inovar é, necessariamente, lançar um produto ou serviço inédito em todo o mundo? A resposta mais comum a essa pergunta seria “sim”, mas uma campanha lançada hoje pelo Sebrae quer mostrar que inovar não é só isso. É claro que empresas que inventam algo inédito estão inovando, mas existem outros tipos de inovação, segundo os consultores do Sebrae. A inovação, de acordo com a entidade, pode ser interna, regional ou de mercado. A inovação interna acontece quando a empresa muda algo em seus processos, em sua organização ou no marketing - mesmo que outras companhias já façam isso - e consegue, como resultado, alavancar as vendas, diminuir os custos e aumentar a produtividade. “Inovar é transformar uma ideia em dinheiro”, afirma o professor Hélio Gomes de Carvalho, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná. A inovação regional significa lançar um produto ou serviço inédito em uma cidade, estado ou país. E inovação de mercado é quando uma empresa lança um produto ou serviço inédito no mercado, ou seja, o conceito mais tradicional de inovação. Abaixo, exemplos de cada uma dessas inovações. Todas realizadas por pequenas empresas. Sim, as pequenas também podem (e devem) inovar continuamente.


Inovação interna

A empresa paranaense Loriella, no mercado há quatro anos, fabrica pães de alhos pré-assados, servidos, principalmente, em churrascos. Por ser um pão úmido, ele estregava rapidamente e a perda da empresa chegava a 15% da produção. Medidas simples, como inclusão de boas práticas de fabricação, funcionários orientados sobre higienização das mãos e da bancada onde manipulam os alimentos e cuidados na embalagem do produto fizeram com que as perdas fossem reduzidas a 8%. Diminuição significativa em uma produção de 60 mil pacotes por mês.

Inovação regional

A empresária Rosângela Regina Sant’Ana, dona da doceria Miroane, com duas lojas em Santos, no litoral paulista, afirma que a empresa foi a primeira a oferecer serviços de entrega de doces, bolos e tortas na Baixada Santista. A empresa inovou? Sim, ao implementar na sua cidade um conceito já difundido em outras áreas do país. No começo, os produtos eram embalados da forma tradicional, com uma faixa de papelão em volta do bolo. “O problema é que durante o transporte o bolo caía e não chegava com a forma perfeita no cliente.” Para resolver a situação, Rosângela passou a armezanar os doces em caixas de papelão. Hoje, a empresa atende nas duas lojas físicas, pelo telefone e recebe pedidos 24 horas por dia pela internet.

Inovação de mercado

o empresário Fábio Lewin, proprietário da Coco Legal, do Rio de Janeiro, inovou ao embalar água de coco em saquinhos plásticos e depois em garrafas pet. Com a novidade, a empresa cresceu 400% nos últimos quatro anos e hoje comercializa 12 mil litros do produto por mês.

Levando em conta esse conceito de inovação, diga: você já inovou? Compartilhe a sua iniciativa com os outros leitores do blog.

Adriana Fonseca é editora-assistente e escreve sobre macroeconomia, oportunidades de negócios, exportação e legislação.

http://www.papodeempreendedor.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário