sexta-feira, 24 de julho de 2009

Centro de inovação aberta realizou primeira reunião temática

www.segs.com.br - Fonte ou Autoria é : Verónica Savignano
22-Jul-2009
62 participantes discutiram sobre parcerias entre empresas e universidades.

Parceria universidade-empresa foi o tema da primeira reunião temática do Open Innovation Center Brasil (OIC), realizada no dia 17 de julho no Ibope (São Paulo). Empresas, agências de inovação, órgãos do governo, entidades do terceiro setor e instituições de ensino e pesquisa participaram do evento. "A reunião foi muito participativa, com ricas perguntas das empresas para as universidades", diz Natasha Canuto, do OIC.

Apesar de muitas vezes discutido, o tema envolveu os presentes em uma série de debates. "O interesse pelo assunto foi evidenciado pelo volume de discussão. O consenso entre os diversos pontos de vista por parte de empresas e universidades está ainda distante e é um terreno fértil para estudo", disse Celina Maki Takemura, do Ibope.

Lucas Aquino, da Allagi, que moderou a reunião, destacou entre os assuntos tratados a discussão sobre a função da universidade. "Além de gerar tecnologias, a universidade tem um papel fundamental na formação de recursos humanos, difusão do conhecimento e na pesquisa em áreas do conhecimento que não geram aplicações industriais. Tratar de forma distinta as unidades das universidades que possuem viés tecnológico e não-tecnológico pode ser um caminho", disse.

As reuniões temáticas do OIC são organizadas pelo centro e realizadas nas empresas e instituições dos participantes, abordando temas sugeridos por eles. Visam compartilhar experiências, idéias e ferramentas que enriqueçam o trabalho dos envolvidos em atividades de inovação.

As apresentações

Lucas Aquino, da Allagi, abriu a reunião com uma introdução à bibliografia sobre o tema. Lucas abordou, principalmente, os motivadores, barreiras e facilitadores das parcerias universidade-empresa. "Chamou a atenção da platéia a ausência do conceito de rede nos estudos apresentados. A bibliografia mais recente precisaria explorar também esse ponto.", comentou Lucas.

A apresentação de Cristina Theodore Assimakopoulos, da Fapesp, focou no programa PITE, que financia parcialmente projetos de pesquisa desenvolvidos em cooperação por instituições de pesquisa e empresas. O público fez comentários sobre a necessidade de se chegar a um meio termo entre os objetivos, motivações, prazos e funcionamento das universidades e os da empresas, muito diferentes entre si.

Representando a Agência de Inovação da UFSCar, Ana Lúcia Vitale Torkomian relatou a experiência da agência: como se estruturou, como montou seu banco de patentes e quais foram os principais exemplos de transferência tecnológica.Roberto Lotufo, diretor-executivo da Agência Inova Unicamp, comentou o papel da Lei de Inovação nas parcerias universidade-empresa e compartilhou a experiência da Inova na interação com empresas. Um tema que gerou muita discussão foi o do overhead, taxa administrativa cobrada pelas universidades nos projetos universidade-empresa.

A apresentação de Gilson Manfio, da Anpei, mostrou os resultados de uma pesquisa realizada por seu comitê temático "Promovendo a Interação ICTs-Empresas". A pesquisa avaliou tipo, intensidade e impacto da interação, estruturas organizacionais e funções existentes, facilitadores e barreiras à interação, gestão da interação e partilha e uso dos resultados.

Na última apresentação da manhã, Bruno Rondani falou sobre a estratégia de pesquisa e desenvolvimento da Omnisys. Bruno descreveu, em especial, o primeiro projeto de P&D da empresa, de 2003, que resultou no desenvolvimento de um radar meteorológico e envolveu parcerias com a Unicamp e o IPT. Ele mostrou como a estratégia aberta permitiu a uma empresa pequena como a Omnisys viabilizar a inovação e se posicionar como centro de P&D no grupo multinacional Thales.

Os arquivos das apresentações estão disponíveis em: http://www.slideshare.net/Allagi/slideshows.

Os participantes da reunião

Braskem, Natura, EMS,Sadia, Telefônica, Unipac, Vivo, Vale Soluções em Energia, Allagi, Daiichi Sankyo Brasil, Dow Advanced Materials, Ci&T, Festo Brasil, Fosfértil,Ibope, , Marinello sociedade de advogados, Omnisys, , Inova Unicamp, Agência de Inovação da UFSCar, Agência Unesp de Inovação, Anpei, Fapesp, SBGC, Senai, Centro de Competência em Software Livre, Fundação Biominas, IIPF, IPT, Instituto Mauá de Tecnologia, ISP, Mackenzie, Universidade Federal do ABC,FGVcnn,USP, Editora Moderna, Mosaico de Idéias, Revista Sustentabilidade.

Sobre o Open Innovation Center

Comunidade de prática que reúne profissionais e estudiosos da inovação aberta no Brasil com a missão de melhorar as práticas de inovação aberta, guiados pelo princípio do "learn by doing".

O professor Henry Chesbrough, criador do conceito de open innovation, é o chairman do conselho acadêmico deste centro brasileiro, que manterá estreita colaboração com os diversos centros de open innovation já existentes no mundo.

Os interessados em participar das atividades do centro podem entrar em contato com Natasha Canuto ( natasha.canuto@openinnovation.wik.brEste endereço de e-mail está protegido contra spam bots, pelo que o Javascript terá de estar activado para poder visualizar o endereço de email ).

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