Claro, estou exagerando. Há alguns meses um artigo na revista Wired chamado The Rise of Crowdsourcing mostrou como a multidão pode ajudar organizações a completar tarefas e diminuir custos. O crowdsourcing é o “novo lugar da mão-de-obra barata: pessoas no dia-a-dia usando seus momentos ociosos para criar conteúdo, resolver problemas e até mesmo para pesquisa e desenvolvimento”.
Recentemente o Google lançou um jogo on-line chamado Google Image Labeler. Um claro exemplo de crowdsourcing. As duplas precisam dar nomes às imagens que vão aparecendo na tela. Ganha-se pontos se os dois (desconhecidos entre si, localizados em diferentes partes da Terra) derem o mesmo nome à figura. Parece algo idiota mas é na verdade uma grande sacada. Ao invés de contratar pessoas para identificar as imagens, o Google resolveu usar o poder da multidão para completar a tarefa. Pessoas aleatórias ao redor do mundo jogam em duplas e ganham pontos. Essa é a recompensa delas. Dessa forma o Google[bb] consegue identificar milhões e milhões de imagens de forma rápida e barata.
DARPA
Juntando as peças
A Netflix e o DARPA procuram soluções para seus problemas. Mas investir internamente ou contratar outra empresa para realizar pesquisas sairia muito caro. A solução encontrada é deixar a multidão pensar. Centenas, milhares, talvez milhões de pessoas em um brainstorm. Uma ou outra idéia boa deve surgir, mas quase tudo é lixo. A vantagem: só se paga por resultado, ou seja, o custo pode parecer alto, mas dividido pela quantidade de cérebros envolvidos, acaba sendo um ótimo negócio.
O Google não paga em dinheiro, e sim em pontos. Dos pontos surge um ranking que gera satisfação para os que lá figuram. Tarefa realizada. E melhor: nada de problemas trabalhistas.
Pra fechar com chave de ouro a importância do poder das multidões, vejamos o caso do Irã. Cerca de mil pessoas se reuniram na manifestação, na praça Haft-e Tir, apesar da advertência da Guarda Revolucionária do Irã, que havia ameaçado reprimir protestos realizados sem a permissão das autoridades. A fraude nas eleições são obvias, mesmo assim as autoridades rejeitam as acusações. A primeira tentativa de censura foi via os canas de comunicação convencionais que são todos estatais. Os dirigentes acreditavam que desta maneira seria possível controlar a população revoltada e limitar que as informações superassem as fronteiras do país. O que eles não contavam era com as redes de sociais. De vídeos a pedidos de oração o poder da web 2.0 mostra sua força, demonstrando mais do que nunca que o poder agora está na nossa mão.
Jornal o Globo: “Iranianos pedem orações por Neda Iranianos pediram em sites de relacionamento orações por 'Neda', uma moça morta a tiros no sábado. Cenas da morte dela foram vistas por milhares de pessoas na Internet e sua imagem se tornou um ícone dos protestos. “
Vau falar mais disso.....
Esta parada do google foi foda, não conhecia....
ResponderExcluirengraçado...
estava pensando exatamente nisto hoje..
remuneração por pontos..
pagar o funcionário por salário fixo é a pior coisa que existe (para o empresário) ^^