O Planejamento estratégico é um processo gerencial que diz respeito à formulação de objetivos para a seleção de programas de ação e para sua execução, levando em conta as condições internas e externas à empresa e sua evolução esperada. Também considera premissas básicas que a empresa deve respeitar para que todo o processo tenha coerência e sustentação.
O estabelecimento de um planejamento estratégico de marketing envolve cinco atividades:
- Definição da missão corporativa.
- Análise da situação.
- Formulação de objetivos.
- Formulação de estratégias.
- Implementação, Feedback e controle.
Definir missão, visão e valores
Definir a missão é uma tarefa árdua para organizações, e ainda mais para indivíduos. A missão é aquilo que queremos ser, uma definição permanente sobre o que pretendemos fazer e ser, e sobre quais demandas queremos atender, ou qual o valor que geramos para a sociedade ou o mercado.
Algumas pessoas têm uma idéia clara de sua missão e se fixam a ela com facilidade, enquanto outras seguem a metodologia de Zeca Pagodinho e deixam a vida as levar. Se você está neste último grupo, pare para pensar sobre o que você pretende ser ou alcançar. Identifique objetivamente a sua missão de longo prazo - se você conseguir internalizar a sua missão, isto pode ajudar a tomar todas as outras decisões da sua carreira.
Tendo definido a missão você pode identificar também sua visão de futuro - seu alvo, prático e alcançável: como quer ser visto, onde quer chegar. E você completa a fase de definições quando registra também os seus valores, os princípios que vão balizar as suas ações enquanto pratica a Missão, em busca de atingir ou manter a Visão. Em um ponto de vista pessoal, determinadas missões e visões individuais podem ser vistos sob luzes completamente diferentes, dependendo dos valores escolhidos. Por exemplo, buscando as mesmas visões de sucesso pessoal, algumas pessoas escolhem privilegiar a qualidade de vida, o convívio familiar, o prestígio, a fama ou o acúmulo econômico - e assim as definições de princípios e valores acabam diferenciando de forma clara as escolhas que elas farão.
Sim, são conceitos complexos para uma definição em 3 parágrafos, mas confio que você conseguirá entender a idéia e buscará a reflexão. Para ajudar, busque exemplos: você já deve ter visto declarações de missão e visão de diversas empresas, afixadas em quadros nos seus escritórios ou em seus sites. Se desejar, veja alguns exemplos de missão, visão e valores de organizações.
Análise interna e externa
As definições básicas são essenciais, mas quando você termina de identificá-las, é a hora da análise. Você precisa colocar a sua missão, visão e valores no contexto da sua vida, identificando os desafios do seu ambiente e circunstâncias, as suas forças (para tirar proveito delas) e as suas fraquezas (para trabalhá-las ou mesmo contorná-las).
Identifique também as oportunidades e ameaças. O que o ambiente está oferecendo a você que pode ajudá-lo a alcançar sua visão? O que pode surgir no seu caminho fazendo com que você tropece e se afaste de sua missão? Quanto mais detalhado você puder ser nesta análise, mais você poderá se preparar objetivamente para tirar proveito das oportunidades certas, e para se desviar ou enfrentar os obstáculos mais complicados.
No planejamento pessoal você não precisa ir tão longe quanto as empresas usualmente vão, até porque o seu domínio sobre as variáveis envolvidas pode ser bem menor. Mas se você quiser uma checklist, saiba que as empresas costumam observar oportunidades e ameaças nos seguintes segmentos: ambientais, demográficos, econômicos, financeiros, culturais, sociais, jurídicos, políticos, ecológicos, familiares, psicológicos e tecnológicos.
Formulação de objetivos, plano de metas e indicadores
Após a análise interna e externa, você já terá condições de fazer o desdobramento estratégico, definindo objetivos e metas. Todos eles devem ser congruentes - ou seja, alinhados entre si pela missão e visão que você definiu, considerando seus princípios e valores, e levando em conta as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças identificadas na análise. Idealmente, eles também devem ser ordenados ou hierarquizados, considerando os mesmos atributos acima.
Uma forma de dividir seus objetivos e metas é adotar a organização por períodos - por exemplo, planos semestrais ou anuais. Como qualquer instrutor de dietas, exercícios ou finanças pessoais pode lhe explicar, os objetivos de médio e longo prazo tendem a ser melhores para o planejamento, mas devem ser acompanhados de metas intermediárias que sirvam para a avaliação e eventual correção de curso, fazendo uso de indicadores previamente definidos.
Para exemplificar: se você definiu a qualidade de vida como um de seus valores ou como parte de sua visão, alguns possíveis objetivos de longo prazo podem ser mudar-se para longe da cidade grande, capacitar-se para um trabalho que permita viver em uma cidade menor (e na praia, ou no campo, por exemplo), e alcançar o peso ideal para a sua altura.
Neste contexto, algumas metas podem ser: acumular o capital necessário para mudar-se para a cidade de destino, mudar para um emprego que permita futuramente residir lá, capacitar-se no SEBRAE para aumentar a chance de ser bem-sucedido ao abrir uma pousada, ou passar a fazer exercícios 50 minutos por dia, 4 vezes por semana.
E os indicadores são as formas de medir se as metas e objetivos estão sendo atingidos. Os naturalmente numéricos em geral são óbvios: número de quilos perdidos, número de horas por semana na academia, saldo da poupança destinada a comprar a casa na nova cidade. Quando o indicador não é numérico por natureza, você precisa encontrar uma forma de reduzi-lo a critérios objetivos. O importante é que os indicadores sejam definidos de antemão, bem como os níveis deles que constituirão o sucesso em cada uma das metas (por exemplo: o sucesso na meta do peso ideal será atingir e manter o peso de 88kg) - e que sejam acompanhados, e eventualmente revistos quando necessário, ao longo do processo.
Uma forma mais aprimorada de definir planos de objetivos e metas é fazê-lo por projeto. As organizações alcançam este nível de maturidade quando têm uma genuína necessidade de vencer a concorrência ou oferecer continuamente serviços de maior qualidade. Se você tiver uma vida estruturada o suficiente, pode adotar o planejamento por projetos, definindo objetivos, metas e indicadores para cada um deles.
Uma vez definidas as metas e os indicadores, você passa a ter de levá-los em conta em todas as suas atividades - ou seja, toda operação deve passar a ser orientada a atingir as metas e objetivos, sempre alinhadas à visão e missão, e atendendo aos valores definidos.
Completando o ciclo: acompanhamento da execução
Viver sua vida, ou o dia-a-dia da sua organização, torna-se um pouco mais trabalhoso (o termo para este acréscimo de trabalho é overhead) quando você passa a realizar acompanhamentos, buscar o alinhamento e de outras formas administrar o que acontece, de forma a buscar atingir uma visão.
Muitos esforços de planejamento fracassam devido às dificuldades que surgem após as definições: no acompanhamento e execução. Se você opta por planejar estrategicamente, precisa estar disposto a conviver com este overhead. Diversas técnicas podem ser usadas para reduzi-lo e torná-lo bem mais tolerável, mas cabe a você motivar-se e manter-se em sintonia com as suas próprias propostas.
Lembre-se sempre: todo este processo só tem chance de prosperar se você realizar o acompanhamento durante a execução, revisando sempre que necessário, e avaliando (e registrando, e aprendendo com os erros e acertos) ao final de cada projeto, ao atingir cada meta e cada objetivo. Caso contrário, serão palavras vazias e tempo perdido.
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